Neste episódio, mergulhamos na pergunta provocadora: por que o país do Carnaval virou o país da depressão? A partir de uma linha do tempo geracional — dos baby boomers à geração Z — exploramos os contextos históricos, as alegrias coletivas e os eventos traumáticos que moldaram a saúde mental do povo brasileiro. Falamos da transição da euforia para a exaustão, da medicalização em massa, das dores silenciadas por trás dos memes e da cultura do "engole o choro". Com dados, reflexões e caminhos possíveis, este episódio é um convite para pensar o Brasil com mais escuta, sensibilidade e coragem emocional.

O comportamento de agradar o tempo todo — o chamado people pleaser — não é apenas uma escolha individual, mas um reflexo de uma cultura que nos ensina, desde cedo, a calar a raiva, ignorar os limites e colocar as necessidades dos outros acima das nossas. Muitas mulheres crescem acreditando que ser aceita é mais importante do que ser autêntica. E, com isso, aprendem a construir um “falso eu” para garantir amor, pertencimento e segurança. Mas esse esforço constante para não decepcionar cobra um preço alto: ansiedade, esgotamento, sensação de vazio e perda de conexão com quem realmente somos. Romper com esse padrão é um ato de coragem — exige reconhecer a dor, acolher a raiva como bússola e reaprender a habitar a própria verdade, mesmo que isso signifique desagradar.

O ciclo de adoecimento feminino não é uma questão individual, mas o resultado de uma estrutura social que, desde cedo, nos impõe padrões, cobranças e violências sutis e explícitas. Muitas mulheres aprendem, ainda na infância, que seus corpos são territórios de controle, silenciamento e sobrecarga. Isso impacta diretamente nossa saúde emocional e física, gerando ansiedade, depressão, burnout e até doenças autoimunes. Esse ciclo se perpetua na vida adulta por meio da autocrítica, do perfeccionismo e da dificuldade em nos priorizar sem culpa. Precisamos aprender a romper esse ciclo — nomeando, acolhendo, criando redes de apoio e, principalmente, voltando a habitar nossos corpos como casa, e não como campo de batalha.

O episódio aborda o conceito de fome afetiva, entendido como uma necessidade emocional por afeto, acolhimento e presença, que muitas vezes é confundida com carência. A partir da Teoria do Apego, apresenta como essa fome se desenvolve nas experiências iniciais de vínculo e como pode impactar a vida adulta, especialmente na forma como a pessoa se relaciona consigo mesma e com os outros. O episódio também propõe reflexões sobre os efeitos desse vazio emocional e caminhos possíveis para o fortalecimento de vínculos mais seguros e do cuidado emocional.

Neste episódio, eu falo sobre como chegamos a um estilo de vida marcado pelo excesso de fazer e pela falta de pausas. Resgato um pouco da história das civilizações para mostrar como o ideal do ter e do produzir foi tomando o lugar do ser, e como isso impacta diretamente nossa saúde física, emocional e espiritual. Refletimos juntas sobre o que seria uma vida mais equilibrada, que respeita nossos ritmos e necessidades humanas fundamentais. E termino com um convite à autenticidade e ao autocuidado como formas de resistência. Porque descansar também é um ato de coragem.

Neste episódio do Tranquilla Mente, eu te convido a refletir sobre algo essencial e muitas vezes esquecido: o brincar. Muito além da infância, brincar é uma linguagem simbólica, espontânea e criativa que nos acompanha ao longo de toda a vida. É brincando que nos conectamos com os outros, regulamos nossas emoções e experimentamos a vida sem medo de errar. Discuto sobre os benefícios do brincar em todas as fases do desenvolvimento, a diferença entre brincar, se distrair e se divertir — e o impacto da ausência do brincar na vida adulta. Porque quando perdemos o espaço do lúdico, muitas vezes perdemos também a leveza, a flexibilidade e a espontaneidade que sustentam nossa saúde emocional.

No episódio "Bebê Reborn" do podcast Tranquilla Mente, discuti o fenômeno dos bonecos hiper-realistas que imitam bebês e crianças, explorando seus múltiplos usos: como hobbie, item de coleção, recurso para elaboração emocional e também como tendência social influenciada pelas redes. Abordei o papel do brincar na saúde mental, os riscos da confusão entre fantasia e realidade, e o uso dos reborns como ferramenta simbólica no luto gestacional ou em casos de infertilidade. É necessário refletirmos sobre quando a fantasia é saudável e quando pode se transformar em um refúgio excessivo diante de uma realidade difícil.

Neste episódio, falamos sobre a regressão psicológica — quando, diante de dores ou estresse, voltamos a reagir como versões mais jovens e vulneráveis de nós mesmos. Explicamos como esse mecanismo funciona, como se manifesta nas relações (como no caso de um filho adulto que volta à casa dos pais após uma perda) e, principalmente, como lidar com acolhimento e limites. Reforçamos que é possível ser suporte sem se tornar muleta, lembrando que ajudar o outro não é carregá-lo indefinidamente, mas acompanhá-lo até que reencontre seu próprio caminho.