No episódio do podcast Tranquilla Mente sobre ciúme retroativo, exploramos essa emoção que surge quando nos sentimos incomodados com o passado do parceiro, mesmo sem haver ameaça real no presente. O ciúme, embora seja uma emoção humana normal e adaptativa, pode se tornar patológico quando se transforma em pensamentos intrusivos, comparações constantes e necessidade de controle, gerando sofrimento para a pessoa e para a relação. Falamos sobre como esse sentimento está ligado à insegurança, baixa autoestima e medo da rejeição, e que, no fundo, ele fala mais de quem sente do que do outro. Para lidar com o ciúme retroativo, é essencial reconhecer os próprios padrões, aprender a se vulnerabilizar, trabalhar a autoestima e buscar apoio terapêutico. Como lembrou Jung, só nos tornamos conscientes de nossa luz quando temos coragem de olhar para nossas sombras.

No episódio de hoje, refletimos sobre o que chamo de a era da recessão das amizades: um tempo em que nunca estivemos tão conectados pelas redes, mas ao mesmo tempo tão distantes nos vínculos reais. Falamos das causas desse enfraquecimento — a correria da vida adulta, a cultura do desempenho, a ilusão de proximidade criada pelo digital — e também das consequências emocionais da solidão. Mas, acima de tudo, exploramos caminhos de reconexão: resgatar o valor da amizade como necessidade básica, cultivar presença, criar rituais de encontro e compreender, como lembra Mel Robbins, que amizades são feitas de proximidade, momento de vida e energia. Porque, no fim, amizade é laço — e não nó —, um espaço de cuidado que nos lembra que ninguém precisa atravessar a vida sozinho.

No episódio de hoje falamos sobre a síndrome da salvadora, um padrão de comportamento em que a pessoa se sente obrigada a cuidar e resolver os problemas de todos, muitas vezes esquecendo de si mesma. A partir da psicologia, exploramos como esse papel nasce ainda na infância, quando aprendemos a merecer amor sendo “boazinhas” ou “úteis”, e como ele se conecta a conceitos como o falso self de Winnicott e a teoria do apego de Bowlby. Muitas vezes nos identificamos tanto com a persona da salvadora que acabamos comprometendo a nossa própria vida. Para transformar esse padrão, é essencial olhar para si, praticar autocompaixão e começar a cultivar relações mais equilibradas.