Há uma crescente misoginia que se espalha pelas redes sociais. O discurso online da superioridade masculina, a chamada manosfera, conduz a fenómenos como o dos “incels”, celibatários involuntários, incapazes de se envolverem com mulheres, mas capazes de as odiar e de fantasiar com a sua morte.

Esta cultura da violência traduz-se no discurso político de vários dirigentes, sobretudo aqueles que defendem ideias de extrema-direita e, claramente, a desigualdade de género.

De onde veio esta manosfera e para onde vai? Porque é que o discurso misógino é tão lucrativo nas redes sociais e porque é que alguns influencers, assim se autointitulam, se tornaram ídolos com mensagens contra os direitos e liberdade das mulheres.

É sobre este tema que vamos falar com Carla Cerqueira, professora da Universidade Lusófona e especialista e investigadora na área dos estudos feministas sobre média.

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A direcção de informação da RTP foi demitida esta semana sem qualquer justificação. Vítor Gonçalves será o novo director, substituindo António José Teixeira, que desempenhava aquelas funções desde 2020.

Mais tarde, a administração liderada por Nicolau Santos enquadrou esta mudança numa reestruturação, que vai fundir direcções, reduzir chefias, lançar um plano de saídas voluntárias e proceder a uma transição digital.

Entretanto, o PS vai pedir a audição do conselho de administração da RTP, estranhando a coincidência entre o início de uma nova legislatura e uma “súbita mudança da direcção de informação da RTP”.

Esta mudança ocorre pouco tempo após a tomada de posse do novo governo e de uma campanha eleitoral na qual o caso Spinumviva esteve particularmente presente, em parte, graças à RTP.

Neste episódio, Luís António Santos, professor e investigador da Universidade do Minho, com vários trabalhos académicos sobre o serviço público de média, refere que a RTP “vive sempre no fio da navalha e que “é vítima da ideia de que a despesa pública é sempre uma coisa quase criminosa”.

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Os países da NATO trataram Donald Trump como um rei. Aceitaram a meta dos 5% de investimento do PIB nacional em Defesa, tal como pretendia o presidente dos EUA, apesar de esta ser uma percentagem totalmente aleatória e imposta por Washington. E assinaram uma declaração na qual não condenam a Rússia pela invasão da Ucrânia.

Essa é a moeda de troca para continuar a contar com a participação dos EUA na NATO. Foi essa a coreografia que o secretário-geral da organização, Mark Rutte, montou ontem, em Haia, nos Países Baixos, para não importunar Trump, a quem chamou “papá”.

A mensagem bajuladora que Rutte lhe enviou, na qual afirma que os europeus passarão a “gastar à grande” na Defesa, diz tudo sobre a vassalagem a que os membros da NATO foram sujeitos para garantir o futuro da aliança. Até quando?

Rutte, que enquanto primeiro-ministro dos Países Baixos, era o rosto dos frugais, diz agora que “os países vão ter de encontrar o dinheiro, e os políticos vão ter de fazer escolhas num contexto de escassez”.

Portugal, incluído. Luís Montenegro assumiu ontem que o país tem por objectivo gastar 3,5% do PIB em Defesa nos próximo 10 anos e garante que esses gastos não colocam em causa as respostas sociais do Estado.

Neste episódio, Catarina Caria, especialista em relações internacionais, analisa a cimeira de ontem.

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"Uma mudança de paradigma", é como a jurista Ana Rita Gil olha para as alterações propostas à lei da nacionalidade que incluem a retirada da nacionalidade a autores de crimes graves em certas condições e depois de decisão judicial. Para além disso será necessário mais tempo para que estrangeiros consigam ter a nacionalidade portuguesa. Associações de imigrantes em Portugal falam em propostas que representam uma "cedência à extrema-direita".

Neste P24 ouvimos a jurista Ana Rita Gil.

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Uma dúzia de caixas passaram quase três décadas esquecidas no último piso da Torre do Tombo, em Lisboa. Dentro delas um relato desconhecido: o trabalho de uma comissão de investigação realizada em 1974 que procurava reunir prova da actuação da PIDE/DGS no território colonial de Moçambique.

Na estreia deste podcast de investigação do PÚBLICO contamos-lhe essas histórias e exploramos cada um desses arquivos, a partir de um trabalho da jornalista Maria José Oliveira.

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O Irão voltou a atacar Israel com vários mísseis e os israelitas responderam com ataques à central nuclear de Fordow, aeroportos e a uma prisão na qual estão reclusos os opositores da teocracia iraniana.

Teerão, entretanto, atacou bases dos EUA no Médio Oriente. Foram ouvidas explosões no Qatar, um dos países da região com maior presença militar norte-americana.

As dúvidas são maiores do que as certezas. A entrada dos EUA no conflito é uma demonstração de força de Donald Trump ou seguidismo da agenda de Benjamin Netanyahu?

Até onde irão os EUA no auxílio a Israel e que divisões poderá isso criar no movimento MAGA. E até onde irá a Rússia na defesa do seu aliado iraniano?

Neste episódio, Pedro Ponte e Sousa, professor de Relações Internacionais da Universidade Portucalense e investigador do IPRI, diz que a União Europeia perdeu relevância nas negociações de paz no Médio Oriente, fala nos dois pesos e duas medidas ocidentais e acredita que os ataques irão fortalecer a coesão iraniana.

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No sexto e último piso do edifício da Torre do Tombo, Cidade Universitária, em Lisboa, encontramos longas estantes de cor branca preenchidas com milhares de arquivos. É aqui que estão guardados, em caixas castanhas, os registos da actuação da PIDE/DGS, a polícia política do Estado Novo.

Arquivadas cronologicamente ou por ordem alfabética estão milhares de fichas de identidade, de denúncias, de relatos de actividades que marcaram um regime e a oposição a este. Grande parte desses registos já conhecemos bem. Já foram analisados ao detalhe nos últimos 50 anos e ajudaram a definir a história do Estado Novo. Mas a história não está toda contada. Mais de meio século depois do 25 de Abril, ainda há peças do puzzle por descobrir.

É o caso de uma dúzia de caixas que passaram quase três décadas esquecidas no meio destes arquivos... sem destaque ou etiquetas que chamassem à atenção.

Dentro delas um relato desconhecido. O trabalho de uma comissão de investigação realizada em 1974 que procurava reunir prova da actuação da PIDE/DGS no território colonial de Moçambique.

No novo podcast de investigação do PÚBLICO “PIDE/DGS em Moçambique: a descoberta das provas da violência e terror” contamos-lhe essas histórias e exploramos cada uma delas. O podcast estreia já neste terça-feira nas plataformas habitais. Até lá, pode ler já o primeiro artigo em texto da Maria José Oliveira aqui.

Se tem alguma história ou partilha para fazer sobre esta comissão de investigação, escreva-nos para pidemocambique@publico.pt.

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Ao fim de uma reunião de mais cinco horas da cúpula do PSOE, em Madrid, o presidente do Governo espanhol falou à imprensa, pela segunda vez em menos de uma semana, para dizer que “o suposto caso de corrupção” envolvendo o número três do partido não justifica a convocação de eleições antecipadas. Mas o que se está a passar em Espanha? Neste P24 ouvimos a jornalista da secção mundo Inês Chaíça.

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