Pedro Ribeiro conheceu a mulher num supermercado e, juntos, dão vida à Rocim. Enólogo e CEO, dá cartas no Alentejo. Hipocondríaco assumido, na pandemia, deu o negócio por morto. Agora, produz cerca de 1,5 milhões de garrafas por ano.

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António Maçanita gosta de engarrafar impossíveis. Em miúdo sonhava ser biólogo marinho, hoje recupera castas esquecidas, ajudando a trazer para a ribalta regiões como o Pico, nos Açores, e o Porto Santo, na Madeira.

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Aos 68 anos, produz vinhos na Serra de São Mamede, no Alentejo. É lá, perto da adega, que guarda as suas sapatilhas. Durante anos, foi bailarino na Gulbenkian. Começou a beber para acalmar as dores da dança e nunca mais deixou a paixão pelo vinho. Quando abandonou os palcos, estreou-se na vinificação e na crítica. Hoje, é autor de livros e de vinhos. Já não arrisca uma pirueta, mas empenha horas a tocar guitarra. Connosco, João Afonso.

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Há quem diga que é um eremita, um homem das cavernas dos nossos dias. Ele aposta na sua adega cavada na rocha, em cubas esculpidas no granito e abraça o silêncio. Filho, neto, irmão e primo de enólogos, casado com uma enóloga, faltam-lhe dedos para contar os familiares no mundo do vinho. Nas profundezas do Douro, sonha ir para um mosteiro. Connosco, Mateus Nicolau de Almeida.

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O convidado desta semana chama-se Bernardo Cabral e faz vinhos como quem toca piano. Filho da cidade, aos 12 anos, já dizia querer ser enólogo. Hoje, é consultor de enologia um pouco por todo o país e assina, entre outros, os Vinhos Vicentino, na Zambujeira do Mar, e os vinhos da Cooperativa do Pico, nos Açores. Apaixonado por remo e por piano, nos tempos da faculdade, chegou a ganhar uns trocos a cantar em casamentos. Para ele, a emoção é o principal ingrediente de um vinho.

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A convidada desta semana nasceu na Galiza, a um hora de distância de Portugal. Mal imaginava ser enóloga, quanto mais saltar a raia. Tudo começou com um estágio no Douro. Hoje, apaixonada por vinhas velhas, tem a sua casa na Serra de São Mamede, no Alentejo, e os seus vinhos são o seu melhor retrato. A fazer “Crochet” ou “Tricot", segue no seu “Side Car”, sempre à “Procura” de uma nova “Aventura”. Fala com as vinhas, não faz vinhos de mau-humor e só toma decisões de manhã. Connosco, Susana Esteban.

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Francisco Olazabal, mais conhecido por Xito Olazabal, caiu no caldeirão do vinho quando era pequeno e nunca mais de lá saiu. Quadrineto da famosa Ferreirinha e filho de Francisco Olazabal, herdou o nariz do avô materno, o cheirista Fernando Nicolau de Almeida. É enólogo e administrador da Quinta do Vale Meão e fez o seu primeiro grande vinho aos 29 anos. Para ele, um bom vinho rima com origem.

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Alexandre Relvas sempre sonhou com uma vida ligada à terra. Hoje, juntamente com o irmão António, está à frente da Casa Relvas, responsável por marcas como Herdade de São Miguel. Foi o pai, de quem herdou o nome e o projeto, quem fundou a Casa Relvas e plantou as primeiras vinhas. Escolheu o Alentejo porque a vastidão e o calor da planície lhe devolviam as cores e os cheiros de África. O avô era veterinário em Angola, ele pratica hipismo.

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