『Reportagem』のカバーアート

Reportagem

Reportagem

著者: RFI Brasil
無料で聴く

このコンテンツについて

Confira aqui as análises, entrevistas e repercussões de notícias que você pode ouvir e baixar. As reportagens +RFI propõem a cobertura de eventos importantes no mundo inteiro feita pelos repórteres e correspondentes da Rádio França Internacional.France Médias Monde 政治・政府
エピソード
  • Brasil é o país homenageado na maior feira de chocolate do mundo, realizada em Paris
    2025/10/30
    O Brasil é o país homenageado no 30° Salon du Chocolat de Paris, a principal feira do setor no mundo, que começou nesta quarta-feira (29) na capital francesa. O cacau e o chocolate brasileiros terão um lugar de destaque, com o maior estande em 15 anos de participação no evento. Fabricantes querem aproveitar a ocasião para se posicionar no competitivo mercado europeu. O Salon du Chocolat reúne cada ano, em Paris, chocolate makers, chefs de cozinha, produtores de cacau e marcas internacionais. O evento também atrai mais de 100 mil visitantes e cerca de 200 expositores de 50 países. O objetivo dos expositores brasileiros é consolidar o Brasil como um país com qualidade e sustentabilidade na produção do cacau e de chocolates, como explica Marco Lessa, criador no Brasil do Chocolat Festival e principal promotor do produto brasileiro no Salon du Chocolat de Paris. “O Salon é importante porque você reúne aqui atores do mundo inteiro: o Japão, os Estados Unidos, a Europa”, diz, lembrando que o continente europeu produz e consome 50% do chocolate do mundo e, por sequência, o cacau também. A feira representa uma vitrine para os produtos brasileiros. “Ela dita tendências. Aqui a gente lê as tendências, mas muito mais. Traz o Brasil para protagonismo, traz o cacau brasileiro, o chocolate brasileiro, estimula as pessoas que já produzem cacau e chocolate lá”, diz. “O chocolate sempre foi considerado um produto europeu, belga, suíço, francês, e a gente aprendeu, melhorou e hoje o chocolate brasileiro ganhou uma reputação.” Com um mercado europeu cada vez mais sensibilizado sobre os impactos ambientais da agricultura e às vésperas da COP30, realizada em Belém, os produtores paraenses querem mostrar “a sustentabilidade do cacau”, diz Maria Goreti Gomes, presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Cacau do Estado do Pará, grupo que reúne instituições públicas das esferas estadual e federal, além da iniciativa privada, cooperativas e produtores. O Estado é o maior produtor de cacau do Brasil atualmente. “Nós temos muitos cases de sucesso fantásticos com essa cultura para apresentar para o mundo”, diz. “Toda a cultura do cacau é movida pela sustentabilidade e pela questão ambiental. Na realidade, no Brasil como um todo, o cacau se sustenta pela venda das suas amêndoas, pela qualidade delas, pela sua sustentabilidade. Nós vamos apresentar para o mundo o que o cacau representa na cultura da Amazônia, na cultura do Brasil e na cultura do mundo”. A expositora e produtora de cacau Márcia Nóbrega, da Lábios de Mel Chocolates do Pará, explica que sua produção é inteiramente baseada no modelo da agrofloresta. “A minha fazenda, de 45 anos, era uma fazenda de gado e piscicultura. Nós fizemos um reflorestamento. Nós resolvemos, de 15 anos para cá, reflorestar com SAFs (Sistemas agroflorestais) de banana, cacau e açaí”, explica. “Nós colhemos toda a nossa matéria-prima da nossa própria propriedade, onde nós fazemos desde do plantio da semente até o produto que a gente apresenta aqui para vender. É uma produção, uma plantação sustentável. A gente preserva a sustentabilidade e a floresta em pé”, diz. Chocolate brasileiro abre caminho no exterior O cacau do Brasil já é conhecido e vendido mundialmente. Mas o chocolate brasileiro tem mais dificuldade de abrir espaço no concorrido mercado internacional, dominado pelos europeus. Há alguns anos, os fabricantes nacionais investem em produtos finos, de origem comprovada, “tree to bar” (da árvore para a barra) e “beans to bar” (da castanha para a barra), em que a cadeia de produção é conhecida. Alguns destes chocolates finos conseguiram abrir espaço no exterior. A marca Martinus, da Bahia, obteve a medalha de prata no Chocolate Awards, nos Estados Unidos, pelo chocolate 56% ao leite, e o bronze da Academy of Chocolate em Londres, na Inglaterra, por um chocolate ao leite de cabra. “A expectativa nossa é mostrar que o sul da Bahia, além de origem de cacau, hoje em dia também é a origem de chocolate de qualidade”, disse o dono da Martinus, Rodrigo Moraes Souza. Outra preocupação dos fabricantes de chocolate é conhecer as características do mercado europeu e tentar vencer as barreiras para se posicionar. “É difícil entrar no mercado”, diz Ariana Ribeiro, da C'Alma Chocolates de Goiânia, que participa pela primeira vez da feira. “É uma experiência para entender mercado, para entender o nosso posicionamento em mercados diferentes. Então a gente veio mais para entender. Para vender também, claro, porque não é barato estar aqui, mas para entender mercado, ver como que a gente se posiciona no mercado europeu, para tentar expandir mesmo”, diz. A expectativa de Marco Lessa é que muitas vendas e negócios sejam fechados na feira, tanto para os produtores de cacau quanto para fabricantes de chocolate. “O interesse de chocolateiros da ...
    続きを読む 一部表示
    6 分
  • Brasileiros no exterior: saiba o que pode acontecer se não declarar a saída definitiva do país
    2025/10/29
    O tema da Declaração de Saída Definitiva voltou a preocupar brasileiros no exterior após a Receita Federal anunciar o uso de inteligência artificial para ampliar a fiscalização a partir de janeiro de 2026. A medida envolve cruzamento de dados bancários, fiscais e migratórios com apoio de acordos internacionais. Advogados tributaristas recomendam a regularização e alertam para boatos que podem gerar pânico entre contribuintes. Maria Paula Carvalho, da RFI em Paris A medida visa reforçar a fiscalização sobre cidadãos que, mesmo residindo fora, continuam sendo considerados contribuintes no Brasil por não formalizarem a mudança de residência fiscal, explica Arnaud Colson, do escritório de advocacia Nivaul Costa e Colson, que tem muitos clientes entre a França e o Brasil, que fazem parte de um acordo (CRS - Common Reporting Standard) criado em 2014 pela Organização para Cooperação do Desenvolvimento Econômico (OCDE), do qual participam atualmente 120 países. “O que mudou é mais a disposição do governo brasileiro de incentivar os brasileiros a declarar sua saída fiscal", diz. "Hoje em dia, um cidadão brasileiro que mora na França e que continua com uma conta bancária de residente no Brasil, com seu endereço brasileiro, o banco brasileiro nunca vai dar os dados dessa conta para a Receita Federal", continua. "E a Receita Federal também não vai enviar os dados da conta para o fisco francês. Então, o cruzamento de dados não funciona atualmente porque a pessoa se declara como residente em ambos os países, França e Brasil", acrescenta. "Então, o governo quer incentivar os brasileiros a regularizar a saída fiscal para justamente regularizar a situação das contas correntes”, completa. A Declaração de Saída Definitiva do País (DSDP) é um documento oficial que informa à Receita que o contribuinte deixou de morar no Brasil e, portanto, não deve mais ser tributado sobre rendimentos mundiais. Nesse caso, apenas rendimentos de fontes brasileiras continuam sujeitos à tributação no país. Ela é obrigatória para quem passou 12 meses consecutivos fora do Brasil, sem retorno permanente. O prazo é até fevereiro do ano seguinte à mudança de país. Antes, é preciso fazer a Comunicação de Saída Definitiva (CSDP), disponível de forma gratuita no site da Receita. No entanto, o governo estima que muitos brasileiros, residentes principalmente nos Estados Unidos e no Japão, não tenham formalizado a sua saída definitiva. Consequências para quem cair na malha fina Sem esse procedimento, a Receita poderá cobrar impostos sobre rendimentos obtidos no exterior, resultando em bitributação, ou seja, pagamento de impostos no Brasil e no país de residência, alerta o advogado. “No direito, esse comportamento de não declarar sua saída fiscal não é um crime", diz Arnaud Colson. "Agora, pode acontecer uma situação de bitributação. Por exemplo: se uma pessoa tiver investimentos no Brasil, a tributação da renda desses investimentos pode ser isenta se ele for não residente. Mas se ele for residente, ele tem que pagar uma alíquota de 15%. Bom, se ele continua como residente, ele vai pagar 15% no Brasil e 30% na França. Além disso, a França poderia considerar que se você paga 15% no Brasil e não deveria pagar, isso não é meu problema, porque normalmente você não pode ter dupla residência”, conclui. Além disso, a omissão da saída fiscal pode gerar cobranças retroativas, restrições bancárias ou até problemas com documentos ou heranças. Pela lei, quem não fizer a Declaração de Saída Definitiva continua sendo considerado residente fiscal no Brasil, tendo de prestar contas anualmente no Imposto de Renda. Porém, mesmo para quem já mora fora há anos, é possível fazer a regularização de forma retroativa, explica a advogada internacional Kelli Menin. "Quanto tempo que ela precisa fazer retroativo? A Receita Federal pode fazer a cobrança dos últimos cinco anos. Então, no limite de cinco anos, você pode fazer uma declaração retorativa", orienta. "Você vai precisar de um comprovante da data da saída, qualquer coisa que comprove, como, por exemplo, o passaporte carimbado, o visto, a passagem, a residência fiscal, o contrato de trabalho no exterior, a declaração de imposto no exterior. Tudo isso comprova que você não está mais no Brasil, que você tem um vínculo fiscal em outro país", observa. Se o contribuinte tem dúvida se deve ou não fazer a saída fiscal, a recomendação é buscar orientação de um profissional especializado para evitar complicações legais. Os problemas podem acontecer também no país de residência, como por exemplo aqui na França. “O governo da França pode cobrar três anos de multas, juros de quem não fez uma declaração, de quem tem uma irregularidade", diz Kelli Menin. "Porém, na lei fiscal da França, tem uma previsão sobre os estrangeiros. E essa previsão diz...
    続きを読む 一部表示
    7 分
  • Na Sorbonne, Janja admite ansiedade com COP30 e reforça compromisso do Brasil com agenda ambiental
    2025/10/21
    Em mais um dia de compromissos em Paris, a primeira-dama Janja Lula da Silva participou, nesta terça-feira (21), do seminário Diálogos Transatlânticos, realizado pela associação Autres Brésils na Universidade Sorbonne. O evento teve como objetivo promover o debate sobre estratégias de transformação ecológica, abordando temas como transição energética, educação ambiental e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), elaborados pela ONU. Tatiana Ávila, da RFI em Paris Em seu discurso de abertura, a primeira-dama, que é embaixadora dos ODS no Brasil e enviada especial para Mulheres na COP30, admitiu estar nervosa com a proximidade do evento, que começa no próximo dia 10 de novembro, em Belém, no Pará. Ela falou à RFI sobre suas expectativas: “Estou nervosa porque é um evento muito importante não só para o Brasil, mas para a humanidade. É o momento em que a gente precisa virar a chave, para realmente buscar soluções para as mudanças climáticas e para que o impacto seja efetivamente reduzido. Para que a gente possa ter uma redução da temperatura do planeta de forma mais consistente, o que ainda não conseguimos. E é o Brasil que está recebendo, então, como todo evento, a gente tem momentos de ansiedade. Mas, como diz o meu marido, vai dar tudo certo e vai ser a melhor COP que já aconteceu”, disse. Janja também comentou a recente liberação para pesquisas de exploração de petróleo em alto-mar na região amazônica, decisão amplamente criticada por especialistas, principalmente às vésperas da conferência sobre mudanças climáticas. Para ela, é preciso confiar no trabalho que vem sendo realizado pelos ministérios envolvidos: “Acho que há um trabalho muito grande do Ministério do Meio Ambiente e do de Minas e Energia para que se tenha segurança nessa pesquisa. Ainda não é exploração, são pesquisas que vão ser feitas. Não podemos negar a importância que os combustíveis fósseis têm para o desenvolvimento do país. Mas, em paralelo a isso, o governo tem trabalhado fortemente numa transição energética justa. Temos caminhado e temos propostas importantes conduzidas pelo ministro Haddad e pela ministra Marina Silva na questão da transição energética”, opinou. Enviada especial para Mulheres Durante o seminário, ao comentar as ações que vem realizando como enviada especial para Mulheres na COP30, a primeira-dama falou sobre o contato que tem tido com comunidades periféricas e ribeirinhas, e sobre a conscientização desses grupos quanto à proteção do meio ambiente. Ela afirmou, inclusive, ter convidado a primeira-dama francesa, Brigitte Macron, para participar do evento e realizar, com ela, uma visita a essas comunidades no Pará. Por ora, Janja ainda aguarda a confirmação da esposa de Emmanuel Macron. Deputada reprova governo francês Além de abrir o encontro, Janja participou também de um dos painéis, que discutiu a agenda mundial e a mobilização popular diante da crise ambiental. Integraram o debate a deputada francesa Aurélie Trouvé, do partido A França Insubmissa (esquerda radical), a doutoranda indígena Rossandra Cabreira e o secretário-executivo da Presidência da República, Lavito Bacarissa. A deputada francesa criticou o posicionamento do governo do país no tratamento das questões climáticas. Segundo ela, o presidente Emmanuel Macron está cada vez mais próximo da extrema direita, grupo político que, de acordo com ela, tem dois inimigos: “os estrangeiros e o meio ambiente”. “Hoje, a França já não é capaz de reduzir suas emissões de gases de efeito estufa. Em 2025, há uma estagnação dessas emissões, quando, na verdade, seria necessário reduzi-las drasticamente”, declarou. Críticas ao governo Bolsonaro e solidariedade ao povo palestino Ao longo do painel, Janja também criticou as ações de “retrocesso do governo passado”. Segundo ela, “se não fosse a sociedade civil e a academia, teríamos tido retrocessos significativos. Tivemos retrocessos, mas a sociedade civil conseguiu ‘segurar a onda’”, afirmou. A primeira-dama ainda falou sobre o uso da fome como arma de guerra e prestou solidariedade ao povo palestino: “Que esse acordo de paz realmente aconteça para que a gente não testemunhe mais os horrores da fome e de crianças assassinadas”, disse. Após o encontro na Sorbonne, Janja seguiu para a Indonésia, onde se encontra com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em visita de Estado pela Ásia. Participaram ainda do evento o embaixador do Brasil na França, Ricardo Neiva Tavares, o comissário da Temporada Brasil-França, Emílio Kalil, o diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Enio Verri, além de especialistas, pesquisadores, representantes da sociedade civil, jornalistas e estudantes universitários do Brasil e da França.
    続きを読む 一部表示
    5 分
まだレビューはありません