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Reportagem

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著者: RFI Brasil
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Confira aqui as análises, entrevistas e repercussões de notícias que você pode ouvir e baixar. As reportagens +RFI propõem a cobertura de eventos importantes no mundo inteiro feita pelos repórteres e correspondentes da Rádio França Internacional.France Médias Monde 政治・政府
エピソード
  • Lisboa recebe Brasil Origem Week com gastronomia, cultura e negócios brasileiros em destaque
    2025/09/07
    Lisboa será, entre os dias 11 e 14 de setembro, palco do Brasil Origem Week, evento internacional que celebra a diversidade cultural, gastronômica e empresarial do Brasil. A programação acontece no Pátio da Galé, na Praça do Comércio, e reúne chefs renomados, empresários, autoridades e especialistas. O evento inclui workshops, fóruns, apresentações culturais e experiências gastronômicas. Luciana Quaresma, correspondente da RFI em Lisboa A gastronomia brasileira é um dos grandes destaques do evento. Entre os chefs convidados estão Márcio Ricci, que apresentará o tradicional arroz Maria Isabel; Cidália França, com receitas à base de tapioca e Natacha Fink, com seu prato inovador de camarão Uareni. Carol Brito conduzirá o showcooking “O Pequeno Notável da Cozinha Baiana: Acarajé”, trazendo ao público os sabores típicos da Bahia de forma criativa e contemporânea. Carolina Sales, conhecida por seus doces sofisticados, compartilhará a receita do “Brigadeiro de laranja: a bossa doce do Rio”. A chef carioca defende que a cozinha brasileira tem papel essencial na valorização da biodiversidade e da identidade cultural. Segundo ela, é importante revelar novas facetas da culinária nacional além do churrasco e da feijoada, apostando em propostas autorais e contemporâneas que serão apresentadas no evento. “Quero revelar uma faceta mais autoral e contemporânea da cozinha brasileira. O brigadeiro, por exemplo, pode ser reinventado com chocolate amargo e laranja, trazendo sofisticação, frescor e equilíbrio à doçura, mostrando que nossa confeitaria dialoga com a alta gastronomia”, explica Sales. Além da gastronomia, Raquel Lopes, da Casa Cachaça, conduzirá experiências sensoriais com a tradicional bebida brasileira, apresentando sua história e os processos de produção. Para a especialista e curadora, o maior desafio ainda é o desconhecimento do público em relação à bebida símbolo do Brasil. “Nossa equipe tem exatamente esse objetivo: desenvolver um trabalho pedagógico com consumidores e bartenders, mostrando a diversidade das madeiras, as possibilidades de criação de drinques e, claro, o prazer de apreciá-la pura”, explica. Segundo ela, a participação no Brasil Origem Week reforça esse movimento de valorização. "Já é a terceira ou quarta vez que participo, e é maravilhoso, porque o público tem contato direto com a gente. Podemos contar a história da cachaça, orientar nas degustações e até ajudar na escolha de uma garrafa para levar para casa ou oferecer de presente. Essa conexão é muito importante para o futuro da cachaça”, afirma. Impacto e objetivos Para Marco Lessa, idealizador do Brasil Origem Week, o evento vai muito além de uma feira cultural ou da promoção de produtos brasileiros. Segundo ele, trata-se de uma celebração do Brasil. O evento, diz, reúne diferentes setores ligados ao país, desde produtores com potencial de exportação até agentes de turismo, passando por cultura, arte e ciência. “Ele reúne vários ativos do Brasil, tanto do ponto de vista de quem mora no exterior quanto de quem produz e sabe que tem potencial para exportar, além de quem tem capacidade de receber o visitante estrangeiro e promover o turismo”, explica. Além de negócios e investimentos, o Brasil Origem Week promove o encontro de brasileiros residentes fora do país com visitantes internacionais. “Todo mundo se reúne para viver um pouco do Brasil”, completa. A estratégia do evento, segundo o organizador, é mostrar que cada aspecto da cultura e dos produtos brasileiros contribui para a reputação global do país. “Um produto brasileiro, uma característica do Brasil, um aspecto cultural transfere reputação para outro ativo e faz com que a gente tenha ganho de qualidade. Dessa forma, o Brasil pode mostrar toda a sua riqueza por meio das diversas atividades durante o evento.” Segundo Lessa, a promoção de destinos e produtos brasileiros não está apenas associada ao turismo. “Trata-se de construir narrativas consistentes que unem identidade, cultura, sustentabilidade e inovação. Lisboa é um ponto estratégico para apresentar o Brasil à Europa e fortalecer conexões duradouras”, afirma. O evento também contará com um espaço dedicado à música e aos sabores do Brasil, com apresentações ao vivo, incluindo Theodoro Nagô interpretando clássicos de Jorge Aragão, proporcionando aos visitantes uma verdadeira imersão na cultura musical brasileira. Fóruns e workshops temáticos O Brasil Origem Week vai oferecer uma série de fóruns e workshops especializados. Entre eles, está o workshop de internacionalização, voltado para estratégias que permitam a empresas brasileiras expandirem suas operações para Portugal e outros países da Europa. O Fórum Mulher abordará a atuação feminina nos negócios e na cultura, enquanto o Fórum Brasil-Portugal discutirá oportunidades de cooperação ...
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  • Dia da Amazônia: representantes de povos indígenas criticam acordo entre Mercosul e UE durante ato em Paris
    2025/09/06
    Paris se transformou em um terreno de debate e conscientização ambiental no Dia Internacional da Amazônia, celebrado nesta sexta-feira, 5 de setembro. Para marcar a data, o Greenpeace França realizou em frente à prefeitura da capital um evento de mobilização em defesa da maior floresta tropical do mundo, com a participação de representantes da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib). Renan Tolentino, da RFI, em Paris Para Luana Kaingang, que integra a Apib, esta é uma oportunidade de levar à comunidade internacional as reivindicações dos povos originários, que têm uma relação de subsistência com a Amazônia. “A gente vem construindo esse espaço há muitos anos. A gente costuma dizer que é uma luta para poder fazer a preservação dos biomas brasileiros e poder também garantir o futuro dos nossos filhos”, reflete Luana Kaingang. O objetivo principal do evento é alertar governantes e a população em geral sobre a urgência de agir para evitar a destruição do ecossistema da Floresta Amazônica, que atualmente tem mais 17% de território degradado, segundo dados do Greenpeace e de outros órgãos que fazem esse monitoramento. Efeitos do acordo entre Mercosul e UE Entre as principais pautas está o acordo de livre comércio entre os países sul-americanos do Mercosul e a União Europeia (UE). Os representantes da Apib se posicionam contra o tratado por temerem que ele contribua para o aumento da degradação florestal. Por isso, pedem também que a Regulamentação da União Europeia sobre Desmatamento (EUDR, na sigla em inglês) se estenda ao Brasil. Essa lei visa impedir a entrada em países da UE de produtos que contribuem para a degradação ambiental em sua produção. “Aqui em Paris, a gente vem para afirmar que somos contra o acordo entre a União Europeia e o Mercosul e também exigir que a EUDR seja assinada. "A proteção dos nossos territórios depende do acordo não ocorrer e essa regulamentação também ser aprovada”, explica Luana. Também representante dos povos indígenas no evento em Paris, Otacir Pereira, da etnia Terena, avalia que o acordo entre os dois blocos pode enfraquecer a proteção sobre áreas demarcadas para atender ao aumento da demanda de mercado. “O acordo entre o Mercosul e a União Europeia traz um fortalecimento do aumento da produção. Para aumentar a produção precisa aumentar sua área de capacidade de produção de milho, de gado, de carne bovina, de soja, entre outros. E isso está ligado diretamente às áreas indígenas”, argumenta. “Os problemas de exploração ambiental dentro dos territórios indígenas são generalizados para todo o Brasil. Todas as áreas indígenas estão sujeitas a serem exploradas pela legislação de hoje”, critica Otacir. Cenário preocupante A Floresta Amazônica se estende por oito países, mais a Guiana Francesa, com uma área de quase 7 milhões de quilômetros quadrados. A maior parte deste território, 60%, está no Brasil. Mas a preocupação é global, já que a floresta é importante para a estabilidade climática do planeta. No entanto, essa função é profundamente prejudicada pelo desmatamento, que libera uma grande quantidade de gás carbônico na atmosfera, contribuindo para o aumento do efeito estufa. Leia tambémIncêndios na Amazônia comprometem qualidade do ar em outros países, aponta relatório Questões que poderão ser debatidas na próxima COP30, que será realizada em Belém, no Brasil, em novembro. “Esperamos que a COP30 não seja apenas um palanque de publicidade do clima. Esperamos resultados de fato, que os países façam valer o papel do Acordo de Paris — assinado em 2015 para combater as mudanças climáticas”, projeta Otacir. Apesar da falta perspectiva, os representantes dos povos indígenas e ativistas esperam que o Dia da Amazônia não seja só mais uma data no calendário, mas que, através de ações e debates, contribua para uma virada de chave no combate ao desmatamento florestal.
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  • Repórter correspondente da RFI relata riscos da rotina em Gaza: ‘É meu dever contar essa história’
    2025/09/03
    A guerra entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza já matou mais de 200 jornalistas desde que começou, há cerca de dois anos. Motivadas por esse dado alarmante, as ONGs Repórteres Sem Fronteiras (RSF) e Avaaz, que dá voz a ações da sociedade civil na internet, lançaram neste mês de setembro uma campanha de apoio aos jornalistas palestinos no território, com a participação de mais de 150 veículos de comunicação de todo o mundo. As organizações pedem proteção para os profissionais e o acesso da imprensa internacional ao enclave. Correspondente da RFI em Gaza, Rami El Meghari, elogia a iniciativa e alerta para o risco de vida que os profissionais de imprensa encaram neste momento naquela região para levar informações ao mundo sobre o dia a dia do conflito. “A meu ver, a campanha da Repórteres Sem Fronteiras é muito importante. Para mim, El Meghari, jornalista de longa data da Rádio França Internacional, é realmente muito importante. Especialmente neste momento crucial em que profissionais de imprensa estão sendo alvos, de uma forma ou de outra, por ações militares israelenses. Então, agradeço de verdade por essa iniciativa”, comenta o correspondente. Leia tambémGaza: ONGs lançam campanha em solidariedade a jornalistas palestinos e pretendem criar redação flutuante Em meio à guerra entre Israel e Hamas, a Faixa de Gaza vive sob um quase blackout midiático. Os jornalistas palestinos são alvos de ataques e os estrangeiros não são autorizados a entrar. El Meghari, que trabalha há 14 anos para a RFI, é um dos que resistem. Neste cenário catastrófico, seu dia a dia se resume a duas palavras: sobreviver e trabalhar. “Um dia típico para jornalistas em Gaza começa com a busca por necessidades básicas como a água. Você precisa garantir que haja água disponível o tempo todo, onde quer que esteja. Precisa garantir que sua família tenha o suficiente para comer, no café da manhã, no almoço. Você precisa garantir energia elétrica para carregar seu telefone, para recarregar suas luzes de LED. O dia de um jornalista [em Gaza] é, portanto, bastante intenso. Você se divide entre suas responsabilidades profissionais e suas responsabilidades como chefe de família”, explica. Apesar dos riscos, o correspondente continua trabalhando e indo ao campo de refugiados de Meghazi, no centro de Gaza, movido pelo sentimento de obrigações com sua família e com a sociedade. “Para mim, como repórter há 25 anos, sempre me pareceu um dever fazer todo o possível para contar essa história ao mundo. Principalmente porque, hoje, não há jornalistas estrangeiros em Gaza. Então, é minha responsabilidade fazer o meu trabalho”, diz El Meghari. “Outro motivo, é a obrigação comigo mesmo e com a minha família. Porque essa é a própria natureza do meu trabalho como jornalista independente. Se eu não trabalhasse, isso significaria que eu morreria de fome, não teria o que comer e não conseguiria alimentar minha família. Se eu trabalho, eu posso sobreviver. Sem isso, minha família e eu não conseguiríamos aguentar”, pondera. “Sonho deixar esta parte do mundo” Para El Meghari, a Faixa de Gaza é o lugar mais “mortal do mundo”. Sentimento reforçado pelos números do conflito. Desde o início da guerra, mais de 63 mil pessoas foram mortas no território palestino, a maioria civis, segundo o Ministério da Saúde controlado pelo governo do Hamas. Por conta disso, além de trabalhar diariamente, neste momento o repórter também luta para ser removido do território palestino junto com sua família. Um sonho, em suas palavras, que ele tenta realizar há mais de um ano: “Em fevereiro de 2024 foi minha primeira tentativa de sair. Porque sempre senti que a situação estava se tornando cada vez mais perigosa. Não é mais um lugar habitável. Não apenas para mim como jornalista, mas também como pai, cuidando dos filhos, que precisam de um presente e de um futuro melhor. Mas tanto o presente quanto o futuro estão faltando em Gaza no momento. Não é mais seguro, não é mais habitável. Sonho em deixar esta parte do mundo”, conta. O correspondente conclui fazendo um apelo para que o governo francês retome a evacuação de jornalistas em Gaza. “Assim, eu e outros poderemos deixar Gaza muito em breve”, diz esperançoso. Também por isso é atual e necessária a campanha lançada pela RSF em solidariedade aos jornalistas palestinos em Gaza. Para preservar a vida daqueles que, assim como Meghari, arriscam sua própria segurança para levar ao mundo todos os fatos do conflito.
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