No prólogo do livro "O que permanece", de Paulo Chagas, é descrito um cenário de transformação e estranheza. As flores desaparecem sem explicação, o ambiente muda, com manhãs de cheiro doce e monótono e tardes com nuvens assustadoras. Os pássaros ficam tristes, o vento murmura palavras indecifráveis, e o outono perde seu brilho. O pomar, antes parte de um ritual semanal, é abandonado, e os frutos tornam-se grotescos e estranhos. Pequenas mudanças inexplicáveis ocorrem, como o céu lilás ao entardecer e espelhos que mostram imagens desconhecidas. A aldeia vive em negação, fingindo não perceber as transformações sombrias e desconexas que os cercam.
続きを読む
一部表示