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Linha Direta

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著者: RFI Brasil
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Bate-papo com os correspondentes da RFI Brasil pelo mundo para analisar, com uma abordagem mais profunda, os principais assuntos da atualidade.France Médias Monde 政治・政府
エピソード
  • Protestos contra Israel provocam mudanças e reforço de segurança em prova ciclística na Espanha
    2025/09/11
    A Volta da Espanha, uma das maiores competições de ciclismo do mundo, vive uma edição marcada por tensões políticas e mudanças logísticas. Em 2025, o tradicional evento — que começou em Turim e já passou por França, Andorra e agora percorre diversas cidades espanholas — precisou adaptar seus circuitos e reforçar a segurança diante de uma onda de protestos contra a participação da equipe israelense Israel – Premier Tech e em solidariedade ao povo palestino. Ana Beatriz Farias, correspondente da RFI na Espanha La Vuelta a España 2025 – ou, simplesmente, La Vuelta – começou no dia 23 de agosto, em Turim, na Itália. Desde então, vem passando por diversas cidades e a previsão é de que termine no próximo domingo (14), em Madri. Durante os dias de prova, houve numerosos protestos em apoio à Palestina. Uma das principais razões é a presença da equipe Israel – Premier Tech, cujo dono, Sylvan Adams, é descrito pela imprensa espanhola como sionista, multimilionário e amigo do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Segundo o jornal espanhol El País, Adams utiliza o time de ciclistas do qual é proprietário para praticar “sportwashing” – termo em inglês utilizado para descrever o uso do esporte como forma de melhorar a imagem e reputação de um indivíduo, empresa ou instituição, por exemplo. Nesse caso, a imagem a ser “melhorada” seria a de Israel, em meio a ataques constantes contra o povo palestino. Diante desse cenário, as manifestações pedem tanto a defesa da Palestina, em termos gerais, quanto a retirada da equipe Israel – Premier Tech da competição. Mudanças de plano Já foram registrados diversos tipos de protestos ao longo dos dias de La Vuelta. Um exemplo ocorreu em Bilbao, no último dia 3. Com bandeiras da Palestina em mãos, manifestantes gritavam palavras de ordem como “Israel genocida”. A intensidade da mobilização levou a direção da prova a antecipar a linha de chegada em três quilômetros e a cancelar a definição de um vencedor naquela etapa. As cenas se repetiram em diferentes fases da competição. Em El Bierzo, na região de Castela e Leão, o asfalto de um trecho foi pintado com desenhos de corpos e nomes de crianças mortas em Gaza.Já na Galícia, na última terça-feira (9), os manifestantes derrubaram uma árvore para bloquear a estrada por onde passariam os ciclistas. A Guarda Civil conseguiu desobstruir o caminho a tempo, mas, ainda assim, a organização decidiu adiantar a linha de chegada em oito quilômetros. Além dessas adaptações, a prova também passou a contar com reforço policial. Para as etapas finais, o governo anunciou que haverá a atuação de 1.100 policiais nacionais e 400 guardas civis, além do efetivo que tradicionalmente acompanha a competição. Na mesma ocasião em que comunicou o aumento de efetivo, o governo espanhol destacou que “o direito à manifestação é um direito fundamental que não pode ser limitado sem as justificativas previstas em lei”. Pacote de medidas pró-Palestina Toda essa repercussão em torno da volta ciclística acontece em um momento em que o governo espanhol tem se posicionado de maneira firme em defesa da Palestina. No início desta semana, o primeiro-ministro Pedro Sánchez anunciou nove medidas “para deter o genocídio em Gaza, perseguir seus executores e apoiar a população palestina”. “O governo da Espanha acredita que uma coisa é proteger seu país e outra muito diferente é bombardear hospitais e matar de fome crianças inocentes”, afirmou Sánchez . Enquanto falava em 63 mil mortos, 159 mil feridos e 250 mil pessoas em risco de desnutrição aguda, o primeiro-ministro espanhol disse que isso não configura defesa própria. “Não é sequer atacar. É exterminar um povo indefeso. É violar todas as leis do direito humanitário”, declarou. As nove medidas anunciadas pelo governo da Espanha em site oficial: - Aprovação urgente de um Real Decreto-Lei que consolide juridicamente o embargo de armas a Israel, aplicado desde outubro de 2023, que estabeleça a proibição legal e permanente de comprar e vender armamento, munição e equipamentos militares para Israel; - Proibição do trânsito por portos espanhóis de todas as embarcações que transportem combustíveis destinados às forças armadas israelenses; - Negação de entrada no espaço aéreo espanhol a todas as aeronaves estatais que transportem material de defesa destinado a Israel; - Proibição de acesso ao território espanhol a todas as pessoas que participem diretamente do genocídio, da violação de direitos humanos e de crimes de guerra em Gaza; - Proibição de importação de produtos provenientes dos assentamentos ilegais em Gaza e na Cisjordânia, com o objetivo de combater essas ocupações, frear o deslocamento forçado da população civil palestina e manter viva a solução de dois Estados; - Limitação dos serviços consulares...
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  • Israel determina evacuação completa e imediata da Cidade de Gaza
    2025/09/09
    A escalada do conflito entre Israel e o Hamas reacende preocupações globais, com o novo ataque ocorrido em Jerusalém na segunda-feira (8) e uma ordem do Exército de Israel de evacuação imediata da Cidade de Gaza, sinalizando uma possível ocupação total do território palestino. Henry Galsky, correspondente da RFI em Israel Na manhã de hoje, o Exército de Israel emitiu a primeira grande ordem de retirada a todos os palestinos que vivem na Cidade de Gaza. Até agora, as ordens de retirada eram dadas a moradores de prédios específicos. Dos cerca de 900 mil palestinos que vivem na cidade, apenas cerca de 10% saíram até agora e se dirigiram às chamadas zonas humanitárias criadas por Israel no sul do território. A decisão tem um contexto: o plano do governo israelense de ocupar integralmente a Cidade de Gaza, uma estratégia decidida pelo gabinete de segurança, apesar dos avisos do próprio chefe do Estado-Maior, Eyal Zamir, de que essa ocupação pode levar à morte dos reféns israelenses. Os próprios familiares dos reféns e a maioria da sociedade israelense se opõem à continuação da guerra. Segundo a pesquisa mais recente divulgada pelo Instituto de Democracia de Israel (IDI), 64% da população apoiam o fim da guerra. Ataque em Jerusalém Num território pequeno, como o que inclui Israel e os territórios palestinos da Cisjordânia e da Faixa de Gaza, muitas vezes as distâncias são mínimas. Os dois autores do ataque em Jerusalém que causaram a morte de seis israelenses vieram de dois vilarejos próximos: Mutana Amro, de 20 anos, de Al-Qubeiba, e Mahmoud Tahah, 21, de Qatanna. Os dois vilarejos palestinos ficam a menos de dois quilômetros de distância da chamada "Linha Verde", a fronteira que separa os territórios israelense e palestino. Nenhum deles tinha vínculo com organizações terroristas, nem antecedentes criminais. Os dois terroristas entraram armados num ônibus lotado da linha 62 e abriram fogo no Cruzamento de Ramot, um local de grande movimento, durante o período da manhã. Ambos foram mortos por um soldado israelense e um civil armado que estavam no local. Consequências a partir do ataque O Exército de Israel estabeleceu novos postos de controle próximos a Ramallah, a principal cidade palestina da Cisjordânia e onde fica a sede da própria Autoridade Palestina (AP), o governo palestino reconhecido pela comunidade internacional. O objetivo é aumentar as verificações locais, segundo o exército. As forças israelenses também passaram a operar com mais intensidade na Samaria, como o governo de Israel chama o norte do território palestino. Essas forças revistam casas, efetuam prisões e buscam armas e dinheiro que possam estar relacionados a atividades terroristas. "Continuaremos com um esforço operacional e de inteligência contínuo, perseguiremos os focos do terror em todos os lugares e frustraremos a infraestrutura terrorista e seus organizadores. Devemos aprender, investigar e tirar lições", disse na Cisjordânia o chefe do Estado-Maior do exército, Eyal Zamir. O ministro da Defesa, Israel Katz, declarou que haverá "consequências graves e de longo alcance". O Shin Bet, o serviço de segurança interno de Israel, prendeu um motorista de Jerusalém Oriental sob suspeita de ter auxiliado os autores do ataque. Todas as entradas e saídas de Jerusalém chegaram a ficar fechadas por mais de três horas. Apenas durante o mês de agosto, as forças de segurança de Israel conseguiram impedir que 88 ataques terroristas fossem executados no país. Desde o início do ano, foram mais de mil. Novo plano dos Estados Unidos De acordo com o Canal 12 israelense, Trump entregou nos últimos dias ao Hamas uma proposta para um acordo abrangente com mudanças significativas em relação às propostas anteriores. Segundo as informações, todos os 48 reféns israelenses deverão ser libertados no primeiro dia do acordo. Em troca, haverá também a libertação de milhares de prisioneiros palestinos, inclusive centenas que cumprem penas por terem matado cidadãos israelenses. Como parte do plano, Israel deverá interromper a Operação Carruagens de Gideão para capturar a Cidade de Gaza, e as negociações terão início imediato sob a liderança pessoal do presidente norte-americano. Enquanto as negociações não forem concluídas, os combates também não serão retomados. Em resposta, o Hamas divulgou um comunicado oficial: "Recebemos, por meio de mediadores, diversas propostas dos norte-americanos para chegar a um acordo de cessar-fogo. O Hamas acolhe com satisfação qualquer medida que contribua para os esforços de deter o ataque ao nosso povo e enfatiza que está imediatamente pronto para se sentar à mesa de negociações." Embora Trump tenha dito que Israel já concordou com o plano, ainda não há uma posição oficial. No entanto, uma fonte israelense próxima ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu citada pela imprensa local ...
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  • Derrota eleitoral de Milei em principal província da Argentina afeta economia e complica governabilidade
    2025/09/08
    No primeiro grande teste eleitoral após a denúncia de corrupção envolvendo a irmã, o presidente Javier Milei sofreu uma dura derrota na província de Buenos Aires, a mais importante do país, responsável por quase 40% dos eleitores. O resultado é considerado irreversível, complicando as chances de um bom desempenho de Milei nas legislativas de outubro, cruciais para a governabilidade da Argentina e o futuro do seu plano econômico. Márcio Resende, correspondente da RFI em Buenos Aires Tecnicamente, estavam em jogo 46 cadeiras para a Câmara de Deputados e 23 para o Senado, além de vereadores em 135 municípios da província (que não inclui a cidade de Buenos Aires). Com 99% das urnas apuradas, o Peronismo ficou com 47,3% dos votos, enquanto o partido de Milei, A Liberdade Avança, obteve 33,7%. A diferença, de 13,6 pontos, um resultado inesperado, é considerada uma verdadeira surra eleitoral. Das dez eleições provinciais realizadas este ano na Argentina, Milei ganhou apenas duas. Automaticamente, o resultado colocou o governador de Buenos Aires, o peronista Axel Kicillof, na posição de principal referência da oposição para as eleições presidenciais de 2027. O resultado também complica a estratégia eleitoral de Milei e pode afetar a governabilidade do país. “O envolvimento de Javier Milei, com presença durante a campanha, fez com que este resultado lhe fosse atribuído pessoalmente. Portanto, embora seja uma eleição provincial, dado o peso da província de Buenos Aires no cenário nacional, a magnitude da derrota recai sobre o presidente”, indica à RFI o analista político Cristian Buttié, diretor da CB Consultores. Economia condicionada O revés eleitoral de Milei pode ter implicações ainda mais profundas. Na prévia das eleições, o governo já considerava que empatar ou ter uma derrota inferior a cinco pontos seria como uma vitória porque permitiria uma recuperação até as Legislativas de 26 de outubro. O próprio Javier Milei se envolveu na campanha eleitoral, pedindo votos para uma disputa “tecnicamente empatada”. Porém, uma derrota acima de 13 pontos não estava nas contas nem mesmo da oposição. A diferença é considerada irreversível para as legislativas de outubro. Sem um bom desempenho em outubro, Javier Milei não conseguirá o número de legisladores necessários para aprovar reformas como a tributária, a trabalhista e a previdenciária, segundo ele, necessárias para atrair investimentos. Sem a entrada maciça de capitais, o plano econômico de Milei fica em xeque ou, pelo menos, limitado, colocando a governabilidade do país em questão. O mal desempenho na província mais povoada do país, indica que a oposição pode sonhar com a volta ao poder em 2027. O temor do regresso do Peronismo ao poder, tal como aconteceu em 2019, é outro fator que inibe a chegada de investimentos. Milei também precisaria de um terço do Congresso para evitar um possível pedido de “impeachment”, a partir das denúncias de corrupção. O resultado negativo para o governo revela a decepção do eleitorado com o presidente. “Este é um governo que se enfraqueceu nos últimos dois meses, à medida que o seu plano econômico perdia dinamismo e eficácia. A situação política piorou a partir das denúncias de corrupção, mas já vinha complicada desde os vetos presidenciais aos aumentos nas aposentadorias, no auxílio aos deficientes. O governo já tinha perdido o controle do Congresso. Os mercados veem um governo desorientado, sem controle da agenda política e obrigado a vetar medidas populares”, aponta o analista político Alejandro Catterberg, diretor da consultora Poliarquia. Impacto da corrupção O esquema de corrupção foi revelado através de áudios vazados nos quais o então diretor da Agência Nacional para as Pessoas com Deficiência, Diego Spagnuolo, contava que Karina Milei, irmã do presidente e secretária-geral da Presidência, comandava um desvio de 8% na compra de medicamentos. Esse esquema impediu que Milei fizesse campanha alegando combater a corrupção. Isso favoreceu o Peronismo, cuja líder, Cristina Kirchner, está presa por administração fraudulenta em detrimento do Estado durante seus dois governos, entre 2007 e 2015. “Milei colecionou erros ao longo dos últimos meses. Errou em como se relacionar com os aliados políticos, como gerir a economia, errou na escolha dos candidatos e, com o seu estilo agressivo, brigou com todos. O caso de corrupção teve impacto não apenas pela denúncia de desvio de dinheiro, mas porque desviava dinheiro do orçamento daqueles que já sofriam com o ajuste, sendo um setor vulnerável como os de pessoas com deficiência”, descreve Catterberg. O ajuste fiscal de Milei mostrou a sua face mais desumana ao recortar aposentadorias, universidades públicas e, sobretudo, auxílio às pessoas com deficiência. “Um ajuste é sempre doloroso, mas é ainda mais doloroso quando se ajustam as ...
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