A dissertação discute a adoção da plataforma BIM no processo de aprovação de projetos, visando superar a lentidão e burocracia do método tradicional. O processo tradicional é um gargalo para empreendimentos imobiliários, causando atrasos e aumentando custos em até 12%. O BIM, com modelos 3D contendo informações, permite o trabalho colaborativo e a verificação automatizada de regras e normas.Os resultados apontam que a verificação automatizada de parâmetros (Code Checking) agiliza a aprovação. Apesar de algumas limitações de automação que exigem intervenção humana, o BIM acelera substancialmente o processo e melhora a comunicação entre agentes via BCF.

Eduardo Ribeiro dos Santos é Mestre em Arquitetura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e doutorando na mesma instituição. Graduado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de Taubaté, tem experiência em projetos utilizando a metodologia BIM, gestão de projetos e sustentabilidade. Atua como diretor e professor da D5 Cursos, é professor convidado da FGV, IPOG e INBEC, e já foi consultor sobre BIM para o Ministério da Saúde e docente do Centro Paula Souza. Seu foco profissional e acadêmico está na implementação de BIM, inovação em processos digitais na arquitetura e integração entre tecnologia e regulamentação urbana.

O trabalho aborda a questão de que a falta de uma definição clara e compartilhada de BIM pode levar a problemas na qualidade dos resultados em pesquisas, contratos e outros documentos.

A dissertação propõe três postulados para categorizar as compreensões de BIM, são eles:

(1) Processos: Eastman et al. (2008), que define BIM como "uma tecnologia de modelagem associada a um conjunto de processos para produzir, comunicar e analisar modelos de construção"(2) Modelos: NIBS (2007), que define um BIM como "a representação digital das características físicas e funcionais de uma instalação predial"(3) Sistemas: refletem um significado relacionado à criação e utilização de sistemas computacionais que auxiliam o desenvolvimento de projetos, como o uso de algoritmos, detecção automática de conflitos, geração automatizada de elementos, revisão automatizada de projetos e sistemas baseados em regras. João Alberto da Motta Gaspar é Mestre em Arquitetura, Tecnologia e Cidade pela Unicamp, e doutorando em Arquitetura e Urbanismo pela FAU-USP, com foco em BIM e Habitação de Interesse Social. Atualmente, ele é Secretário da Comissão de Estudos Especiais (CEE-134) da ABNT, responsável pelas normas BIM, além de atuar como diretor da EBBIM Escola Brasileira de BIM e da ProBooks Editora, onde foca na disseminação de conhecimento e na produção de material didático sobre tecnologia na construção.