Afinal, de onde vem essa fascinação recente de diversos grupos cristãos com o Estado de Israel? Uma fascinação que os leva a minimizar as decisões no mínimo problemáticas na condução da crise em Gaza, em nome de supostas profecias.

Neste episódio recuperamos a história da conturbada relação entre cristãos e judeus ao longo da história, mostrando como a Igreja Católica e as denominações evangélicas ajudaram a promover e difundir o antissemitismo.

Tratamos também da mudança de abordagem após o Concílio Vaticano II, quando os judeus passaram a ser reconhecidos como "irmãos mais velhos" dos cristãos.

Falamos sobre a questão judaica no século XIX, e das três correntes políticas que existiam no meio do povo judeu:

• assimilacionismo, que defendia que os judeus se diluissem nas sociedades em se viviam;
• socialismo judaico, que via a resolução da questão judaica na superação do capitalismo;
• sionismo, um nacionalismo que defendia a constituição de um Estado judeu.

Por fim, abordamos as correntes teológicas milenaristas que veem no sucesso político e militar do Estado do Israel a chave para acelerar a volta de Cristo e o juizo final. E explicamos porque essas correntes levam à instrumentalização da fé cristã por grupos políticos aliados do governo de Israel, e afasta os cristãos do caminho da paz.

Para ler mais sobre a questão judaica: Origens do Totalitarismo, de Hannah Arendt, e Marxismo e Judaísmo, história de uma relação difícil, de Arlene Clemesha.

Sobre a Igreja e os judeus: Searching Her Own Mystery: Nostra Aetate, the Jewish People, and the Identity of the Church, de Mark Kinzer

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No mês do orgulho LGBTQIA+, mergulhamos no universo gay da Igreja Católica. Começamos debatendo a homofobia das pregações, analisamos o que a Igreja ensina sobre a hossexualidade, tanto no Catecismo quanto na Amoris Laetitia, e apresentamos uma visão católica alternativa, mais aberta e menos preconceituosa, a partir da teologia de Margaret Farley.

Na sequência, temos um resumo do cenário traçado por Brendo Silva em seu livro A Vida Secreta dos Padres Gays. Falamos da experiência de Brendo e do ambiente descrito por ele nos bastidores do clero, tratando tanto dos gays que dão bom exemplo e testemunhos como padres quanto daqueles que vivem uma vida dupla, pregando um rigor moral e até mesmo homofóbico enquanto vivem uma vida sexual ativa às escondidas. Falamos também dos casos de abusos de seminaristas narrados no livro.

Quem quiser conhecer a teologia de Margaret Farley, pode ler o livro Just Love, disponível apenas em inglês: https://amzn.to/4n0cSVq

Quem quiser ler o livro do Brendo Silva, A Vida Secreta dos Padres Gays, ele está aqui: https://amzn.to/3TmH8fG

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O sexo, em si mesmo, é pecado? Segundo o Papa João Paulo II, não. Na Teologia do Corpo, apresentada pelo Papa em suas catequeses semanais entre 1979 e 1984, o corpo é dom de Deus, o ser humano só se realiza plenamente em comunhão, e o sexo é a comunhão mais sublime e sagrada entre um homem e uma mulher.

Embora a Teologia do Corpo de João Paulo II reafirme a posição da Igreja em temas como a contracepção e silencie sobre as relações homoafetivas, ela se apresenta como uma visão positiva da sexualidade, muito diferente do que pregam os moralistas de ocasião.

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Nesta sexta-feira, 6 de junho, o IBGE divulgou os dados do Censo 2022 sobre religião. O resultado é revelador de algumas tendências relevantes, embora a forma como foi apresentado, aglutinando os grandes grupos religiosos, não nos permitem analisar tendências internas nos diferentes grupos, especialmente nos evangélicos.

De qualquer forma, dá para dizer que o crescimento evangélico está perdendo tração, e provavelmente atingindo o seu teto, a não ser uma mudança de impacto similar ao surgimento do neopentecostalismo nos anos 1970 aconteça novamente.

Isso não é necessariamente uma boa notícia para a Igreja Católica. Os católicos são mais velhos, mais brancos e menos escolarizados, o que os afasta tanto da massa evangélica, mais preta e parda e mais jovem, quanto de novos grupos que crescem.

Além disso, as igrejas em geral, tanto a Igreja Católica quanto as comunidades evangélicas, começam a enfrentar um novo desafio: os sem religião, que já representam 9% da população, e crescem entre os mais escolarizados e mais jovens.

Embora não seja possível afirmar isso apenas pelos dados do Censo, dá para supor que os jovens da Geração Z não fazem mais tanta questão de um vínculo religioso institucional. Jovens mais escolarizados estão preferindo não ter religião, ou optando pela Umbanda ou Candomblé.

Ouça o podcast e entenda mais este cenário. E compartilhe este episódio com seus amigos.

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“Não tem essa historinha de estado laico não! Aqui é Estado cristão!” você deve se lembrar desta frase, e de quem a disse aos berros. Pois é, ela é uma palavra de ordem do nacionalismo cristão, uma ideologia que apela à defesa das raízes cristãs da nação para defender o extremismo de direita.

O nacionalista cristão não é um cristão nacionalista. Ou seja, ele não defende a nação dele enquanto cristão, mas defende que sua nação seja cristã, sem espaço para outras religiões, ou para quem essa visão degenerada do cristianismo vê como inimigo.

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Qualquer católico recém converso terá ouvido de algum influenciador tradicionalista que o Concílio Vaticano II foi um mal para a Igreja. Nada mais errado e falso! Neste episódio, conto rapidamente a história do Concílio, das correntes teológicas que o inspiraram e de seus principais debates.

Este podcast foi gravado de um jeito diferente: por meio de uma live no TikTok. Vamos repetir essa experiência daqui para a frente: todo episódio será gravado ao vivo no nosso TikTok, @catolicosantifas.

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A festa de Pentecostes está chegando, e junto com ela uma série de eventos de inspiração pentecostal, como a Vigília de Pentecostes. Nada mais justo do que aproveitarmos esse momento para entender não só o que significa o Dia de Pentecostes, mas o que é o movimento pentecostal, ou até sua versão católica, a Renovação Carismática.

Neste episódio damos uma atenção especial ao fenômeno do “falar em linguas”. Afinal, foi isso que aconteceu no Dia de Pentecostes? Ou a glossolalia é algo que surge em outro contexto, mais pagão? Vamos entender como ela estava presente tanto no contexto greco-romano quanto no judaísmo daquele tempo, de que forma ela passou a fazer parte da experiência cristã, e depois desapareceu, para reaparecer como um movimento no meio evangélico em pleno século XX.

Parte do conteúdo deste vídeo eu aprendi com o Henrique Caldeira, do Canal do YouTube História Estranha:

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E quem quiser conhecer melhor o livro que inspirou o Fim de Semana de Duquesne, quando surgiu a Renovação Carismática, é A Cruz e o Punhal, do pastor David Wilkerson

E quem quiser se aprofundar nos estudos de neurociência sobre a glossolalia, recomendo o artigo The measurement of regional cerebral blood flow during glossolalia: A preliminary SPECT study

O que nos faz católicos? O que nos une enquanto católicos e o que nos diferencia dos que não são católicos? Neste episódio, procuramos responder a essa pergunta, cujo interesse cresceu mais de 3.000% nos últimos dias, segundo dados do Google.

Neste episódio tratamos dos aspectos básicos que definem a nossa identidade, e da diversidade do ser católico no mundo. Como diz o teólogo Hans Urs von Balthazar:

a Verdade Cristã é sinfônica. Sinfonia não significa de modo algum uma harmonia açucaradamente livre de tensões. A música mais sublime é sempre dramática, um constante acúmulo de tensões, e sua ulterior resolução. Dissonância, porém, não é cacofonia. (A Verdade é Sinfônica)

A gente aproveita e convida você a visitar a nossa loja, https://umapenca.com/catolicos-antifas/ Destacamos o pôster de São José Operario, representado como um entregador de delivery, abençoando e protegendo os trabalhadores precarizados e uberizados deste país

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