Afinal, de onde vem essa fascinação recente de diversos grupos cristãos com o Estado de Israel? Uma fascinação que os leva a minimizar as decisões no mínimo problemáticas na condução da crise em Gaza, em nome de supostas profecias.

Neste episódio recuperamos a história da conturbada relação entre cristãos e judeus ao longo da história, mostrando como a Igreja Católica e as denominações evangélicas ajudaram a promover e difundir o antissemitismo.

Tratamos também da mudança de abordagem após o Concílio Vaticano II, quando os judeus passaram a ser reconhecidos como "irmãos mais velhos" dos cristãos.

Falamos sobre a questão judaica no século XIX, e das três correntes políticas que existiam no meio do povo judeu:

• assimilacionismo, que defendia que os judeus se diluissem nas sociedades em se viviam;
• socialismo judaico, que via a resolução da questão judaica na superação do capitalismo;
• sionismo, um nacionalismo que defendia a constituição de um Estado judeu.

Por fim, abordamos as correntes teológicas milenaristas que veem no sucesso político e militar do Estado do Israel a chave para acelerar a volta de Cristo e o juizo final. E explicamos porque essas correntes levam à instrumentalização da fé cristã por grupos políticos aliados do governo de Israel, e afasta os cristãos do caminho da paz.

Para ler mais sobre a questão judaica: Origens do Totalitarismo, de Hannah Arendt, e Marxismo e Judaísmo, história de uma relação difícil, de Arlene Clemesha.

Sobre a Igreja e os judeus: Searching Her Own Mystery: Nostra Aetate, the Jewish People, and the Identity of the Church, de Mark Kinzer

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