No último episódio desta série de "Temos de Ter uma Conversa", pai e filho falam sobre o que mudou no mundo do trabalho. A individualização das relações laborais, a sua precarização, a fragilização dos direitos do trabalho, mas também a importância dada ao direito a mudar de ocupação e a maior consciência de que o que fica para lá do trabalho nos acrescenta humanidade — tudo isso é objeto desta conversa, para a qual são chamados também Bruce Springsteen e Tom Waits.

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"Tempo é dinheiro". "Parar é morrer". De várias maneiras e de geração em geração, o ócio é visto como um escândalo. A ocupação de todo o tempo com algo "útil" ou "produtivo" faz com que o tempo desocupado seja tido como um desperdício ou mesmo uma ofensa. O pai experimentou-o de forma diferente do filho. Mas o que mudou e o que permanece? Bruno Mars e Otis Redding entram na conversa.

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O pai andou no liceu durante a ditadura. O filho é contemporâneo da escola de projetos e da multiplicação das áreas de ensino. Ambos olham para a escola como um lugar contraditório, com gente que procura caminhos frescos para a aprendizagem e constrangimentos antigos que impedem que esses caminhos sejam aprofundados. O filho traz Pearl Jam para a conversa, o pai traz José Mário Branco - e mostram que ambos têm tudo a ver com educação.

Os autores escrevem segundo o novo Acordo Ortográfico.

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