『Shantall - A menina que fala pelos cotovelos há 20 anos - Arquivo 2006 - Eu Miró, Peggy Lee e Benny Goodman』のカバーアート

Shantall - A menina que fala pelos cotovelos há 20 anos - Arquivo 2006 - Eu Miró, Peggy Lee e Benny Goodman

Shantall - A menina que fala pelos cotovelos há 20 anos - Arquivo 2006 - Eu Miró, Peggy Lee e Benny Goodman

無料で聴く

ポッドキャストの詳細を見る

このコンテンツについて

Talve eu possa chamar isso de um P.S. bem grandão!

A Banalidade se infiltrou em mim como névoa silenciosa, não vem com alarde, mas se acumula nas pequenas desistências, a partir do ataque brutal de um humano de merda.

Um comentário ácido aqui, uma rotina sem sentido ali, o peso do olhar alheio que não vê nada além da matéria. De repente, entorpecida. Meus sentidos já não vibram, só adormeço. O Glamour some dos meus dedos como água por entre as fendas de um copo trincado, preciso do ouro mais puro para com uma filigrana transformar em algo que proteja essa essência novamente.

Pra me curar disso, preciso antes reconhecer os venenos. Ambientes excessivamente racionais, burocráticos, onde apenas as coisas mensuráves parecem valer, isso me adoece, me adoeceu, aliás. Gente cética, que ri da beleza, que reduz tudo à lógica, que precisa de comprovação pra acreditar no invisível, essas presenças puxam meu espírito pra baixo, como areia movediça. Por isso, me afasto. É mera questão de sobrevivência.

Agora me vejo buscando o Glamour onde ele ainda mora, na arte. Me deixo tocar pela arte viva, não pela arte mercado. Me exponho ao encantamento verdadeiro. E mesmo que brevemente, vejo minha essência volta a pulsar. Fraca, como uma centelha que precisa que alguém a assopre.

Quando isso não basta, mergulho no Sonhar. É lá que a lógica humana não tem domínio. Me perco em florestas feitas de som, montada em quimeras que choram saudades, e luto contra sombras que vestem terno e falam com voz monocórdica. O próprio ato de atravessar as paisagens do Sonhar, de viver uma narrativa que desafia o real, dissolve o acúmulo de cinza que a Banalidade forma ao meu redor. Contaminada. Tem uma imagem do jogo Sky, onde moro algumas vezes por dia, que exemplifica bem isso.

Mudo também de companhia. Não dá pra permanecer ao lado de quem só acredita no que pode ser medido. Gente assim me desconecta. Prefiro os que ainda têm olhos de espanto, gente de verdade, apaixonados. Me alimento da presença deles. São como portais vivos pro Sonhar.

Encanto mortais, às vezes, compartilho a beleza sem medo, ela se expande. Um humano encantado passa a ver o mundo com outros olhos, e nesse reflexo, eu também me enxergo de novo. É uma troca. Uma cura mútua acho. Quer coisa mais fofa que poder indicar uma música, um livro, um poema, mostrar um quadro bonito de um artista que passou batido pela história?

E quando tudo está difícil, crio. Faço arte, escrevo, danço sozinha… existo sem platéia como quem planta sem querer colher. Ato profundamente alinhado ao meu Legado, que me move, que me define além das formas. Viver meu Legado é como reacender uma vela dentro do peito, como no Sky, sempre o Sky. Cada gesto sincero, cada ato com alma, dissolve um pouco da rigidez que tenta me fagocitar. É o eterno lutar contra a escuridão que cai como fragmentos do Éden.

E assim vou me reconstituindo. Não com antídotos prontos, mas com pequenas fagulhas que reacendem o Sonhar dentro de mim. Porque a Banalidade não morre de enfrentamento, ela morre de poesia, de presença, de encantamento vivido com verdade.

… se eu desaparecer, bata palmas e diga que acredita… talvez eu lembre que eu acredito também.



This is a public episode. If you would like to discuss this with other subscribers or get access to bonus episodes, visit shntll.substack.com

Shantall - A menina que fala pelos cotovelos há 20 anos - Arquivo 2006 - Eu Miró, Peggy Lee e Benny Goodmanに寄せられたリスナーの声

カスタマーレビュー:以下のタブを選択することで、他のサイトのレビューをご覧になれます。