
Heródoto Barbeiro: 'A Copa de 70 serviu para disfarçar a ditadura militar.'
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Historiador, jornalista, professor, apresentador, advogado, monge.
Heródoto Barbeiro tem uma visão profunda, que vai além, do futebol, do esporte.
Principalmente no Brasil.
"Neste país e, como em todos, se repete o que acontecia no Império Romano. A população precisa de pão e circo.
"E o esporte entra como circo, como alienação para que as pessoas possam viver. E muitas vezes, ficarem distraídas do que realmente acontece no governo.
"O esporte é usado até como propaganda ideológica. Foi assim na antiga União Soviética, cada vitória sobre os países capitalistas era política.
"Assim também como quando os Estados Unidos vencem nas Olimpíadas é ao contrário.
"Hoje, a China faz isso muito bem.
"Vi o uso absurdo do grupo terrorista Setembro Negro fez da Olimpíada de 72, na Alemanha, matando atletas judeus inocentes. Para aproveitar os holofotes da Olimpíada.
"Apesar compreender perfeitamente como o esporte é utilizado pelos governantes, não dá para se isolar do mundo. E racionalizar tudo.
"Entendo que acontece com os nossos dirigentes, mas não deixo de ser corintiano, de verdade!
"O homem não é só levado pela inteligência.
"Mas também pela paixão, futebol é paixão, emoção, competição. Está na nossa essência."
Heródoto tem o maior prazer em ensinar, desvendar, contextualizar os acontecimentos do mundo. Faz isso com maestria.
Esse dom vem desde quando o office boy descobriu o dom para ser professor, há mais de 60 anos.
Esse prazer de ensinar passou para a Comunicação.
Professor de Cursinho, entrou para o rádio, sua paixão.
Do rádio para a televisão.
E desde então, jamais parou de seguir a sua missão, que é muito nobre.
"Eu não só 'dou' a notícia. Faço questão de explicar o que ela vai mudar na vida da pessoa. E quem assiste entenda um pouco melhor o mundo onde vive."
Heródoto confessa que, muitas vezes, se deixou levar pela empolgação do esporte.
"Acreditei que a Copa (de 2014) e a Olimpíada (2016), em seguidas no Brasil, seriam marcos para o país. Trouxessem progressos. Não fossem apenas usadas. Mas elas aconteceram e não deixaram legado algum."
Heródoto também desvenda um velho tabu. O de que os jornalistas brasileiros se deixaram alienar pela conquista da Copa do Mundo de 1970. E, em plena Ditadura Militar, com extrema e violenta repressão, os repórteres só queriam celebrar Pelé, Rivellino, Gerson, Tostão...
"Nada disso. Os jornalistas brasileiros ficaram felizes pelas conquistas. Mas não perderam a noção do que acontecia no país. Havia a Censura, que impedia os repórteres de escrever sobre os exageros. O risco era ser preso, sumir, morrer.
"A conquista do tri mundial foi muito bem usada pelo governo militar, eu não tenho a menor dúvida."
Um dos pais da CBN, como rádio que 'toca notícia' 24 horas, viu a morte da rádio Globo, de São Paulo. Passou pela Jovem Pan, pela CBN.
Marcou época na TV Cultura. Na apresentação do Roda Viva.
É contratado pelo portal R7.
Segue também traduzindo, as cada vez mais incompreensíveis, notícias, na rádio Novabrasil.
Aos 78 anos, transborda energia e sapiência.
Heródoto não foi entrevistado.
Deu apenas mais uma aula na sua vida.
E ajudou a traduzir muito do que vemos.
Mas não enxergamos...