Para o fim da trilogia sobre pseudociências vamos falar de eugenia. Enquanto as outras duas pseudociências só fazem mal para quem acredita nelas, a eugenia mata pessoas que, muitas vezes, não conhecem ou não acreditam nela.

A eugenia foi considerada por muitas pessoas uma ciência que ajudou a perseguir e matar povos ou grupos de pessoas. Ela foi usada como fundamentação "científica" para justificar o racismo. E, mesmo no século XXI, ela ainda continua sendo sedutora para algumas pessoas.

Esse episódio não foi legal e nem divertido de fazer. Mas, achei que seria importante trazer um pouco de seriedade e fomentar a reflexão sobre um assunto muito sério e grave na atualidade.

Eis a segunda parte da trilogia sobre pseudociências. Não em doses homeopáticas. Porque as doses homeopáticas são vazias. Quer entender? Ouve o terceiro episódio da segunda temporada: Homeopatia. Nele eu conto como essa pseudociência foi criada, alguns estudos que a refutaram e ainda falo sobre como ela ainda é oferecida pelo Sistema Público de Saúde, paga pelo dinheiro público, mesmo não tendo comprovação científica. Gostou? Compartilha. Odiou? Compartilha também. Comenta. Discute.

Referências:

BENVENISTE, J. et al. Human basophil degranulation triggered by very dilute antiserum against IgE. Nature, v. 333, p. 30, 1988.

GREENLAND, J. Marginalising homœopathy: an Australian case study. Prometheus, v. 35, n. 3, p. 171-192, 2017.

NATIONAL HEALTH AND MEDICAL RESEARCH COUNCIL. NHMRC Information Paper: Evidence on the effectiveness of homeopathy for treating health conditions. National Health and Medical Research Council. 2015.

SHANG, A. et al. Are the clinical effects of homoeopathy placebo effects? Comparative study of placebo-controlled trials of homoeopathy and allopathy. The Lancet, v. 366, n.9487, p. 726-732, 2005.

Esse episódio é pra todos os signos e ascendências. Por quê? Porque astrologia nem é ciência. E por isso está no Fome de Ciência. O primeiro episódio da trilogia Pseudociências chegou para explicar para as pessoas que elas não podem confundir crendices com dados científicos. Infelizmente, ele vai ofender muita gente, mas superem. Crer em signos é tão normal quanto crer em unicórnios, ou acreditar que o Grêmio ainda será campeão de algo em 2025.

Referências do episódio:

ARRUDA, A. L. et al. Abordagens, considerações conceituais e subjetivas sobre Astronomia e Astrologia no contexto acadêmico. Revista Brasileira de Educação do Campo, v. 10, p. 19472-19472, 2025.

BUFFON, A. D.; et al. O alcance da astrologia no âmbito acadêmico. Vitruvian Cogitationes, Maringá, v.3, n. 2, p. 224-231, 2022.

Carlson, Shawn (1985). “A double-blind test of astrology,” Nature, (318): 419-425.

CARLSON, Shawn. Astrology. Experientia, v. 44, n. 4, p.290-297, 1988.

REIS, W. P. A pseudociência nas universidades brasileiras. In: Conferência Iberoamericana sobre Pensamento Crítico. 2005.