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Festival Rock en Seine abre 22ª edição sob polêmica envolvendo banda pró-Palestina Kneecap

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Evento tradicional do verão francês, o festival de música Rock en Seine inicia sua 22ª edição nesta quarta-feira (20) no parque de Saint-Cloud, na periferia de Paris, com um aguardado show da cantora americana Chapell Roan. Mas é a vinda do trio norte-irlandês de rap Kneecap, fervoroso defensor da causa palestina, que atrai os holofotes e preocupa até a cúpula do governo da França. Daniella Franco, da RFI em Paris Eles são originários da Irlanda do Norte, fortes críticos da ocupação israelense na Faixa de Gaza, e estão no centro de uma polêmica na França. Em julho, a prefeitura de Saint-Cloud, ao sudoeste de Paris, já havia anunciado o cancelamento da subvenção de € 40 mil ao Rock en Seine em protesto à apresentação de Kneecap. Pouco conhecidos na França, o trio vem dando o que falar no Reino Unido por suas letras afiadas e performances em que levam a bandeira palestina para o palco. Nesta quarta-feira, um dos integrantes da banda, Mo Chara, de 27 anos, compareceu a um tribunal de Londres para responder a um suposto apoio ao grupo Hezbollah, durante uma apresentação na capital britânica, em novembro de 2024. Para prevenir que um escândalo similar se repetisse na França, a equipe do Kneecap se comprometeu com as autoridades locais que "não haverá excessos" durante seu show no Rock en Seine, previsto para domingo (24). O ministro francês do Interior, Bruno Retailleau, chegou a afirmar que o não cumprimento da promessa implicaria no cancelamento da apresentação dos norte-irlandeses. Mas o diretor do Rock en Seine, Matthieu Ducos, confirmou à RFI que Kneecap vai subir ao palco neste fim de semana. "Tomamos nota da decisão da prefeitura de Saint-Cloud, que nos deixa triste, evidentemente. Temos uma visão sobre essa questão que não é a mesma, e nós respondemos que tem espaço para o Kneecap no festival - e continuamos pensando isso", diz. Para Ducos, o caso tomou uma dimensão maior do que esperado, e o trio que ainda é pouco conhecido na França, viu sua quantidade de fãs se multiplicarem no país. "Todos os que se opuseram à apresentação do Kneecap no Rock en Seine acabaram fazendo uma publicidade imensa para o grupo. Muita gente os descobriu por causa disso. A verdade é que toda essa polêmica trouxe um destaque muito forte para eles", observa. Cinco dias, cinco palcos Mais de 80 bandas passam até domingo pelos cinco palcos do evento, que tem um line-up poderoso: Chapell Roan, Justice, Jamie XX, London Grammar, Vampire Weekend, Queens of The Stone Age, Fontaines DC, entre dezenas de outras bandas e artistas. Nesta 22ª edição, o Rock en Seine mantém seu formato de cinco dias adotado em 2023. Esse, aliás, é um grande desafio para os organizadores, que vêm acolhendo desde então quase o dobro do público de antes. Aumentando a quantidade de artistas na programação, o festival também se abre a outros estilos musicais, mas sem deixar de lado o espírito roqueiro. "Temos uma identidade rock que reivindicamos, que torna esse festival muito particular, e é algo que queremos absolutamente conservar, porque essa é nossa história e também é o que pede uma parte do nosso público, principalmente o mais fiel", explica Ducos. "Mas também nos demos o desafio – principalmente com esse formato de cinco dias de festival que adotamos nos últimos anos – de explorar territórios musicais mais amplos", reitera o diretor do evento. Brasil no Rock en Seine O Brasil ganha um representante no Rock en Seine 2025: a dupla PPJ e sua proposta de misturar electro, ritmos brasileiros e a doce voz da cantora Páula. Em entrevista à RFI, a artista revelou alguns detalhes do seu show nesta sexta-feira (22). "A gente vai tocar músicas novas para falar da nova era da PPJ. Vou vestir um 'outfit' muito especial para conectar com o público. Vai ser um set para dançar, com músicas para se conectar com a alegria do Brasil", diz. Nascida no Ceará, Páula foi adotada por uma família na França, onde foi criada. Adulta, ela voltou ao Brasil e morou no Rio de Janeiro. Em 2020, criou o PPJ com os amigos Povoa e Jerge, que deixou o grupo recentemente. O desafio agora é continuar a banda em dupla, mas com a vantagem de ter um público já cativo na França e que acolhe com carinho os ritmos brasileiros. "O público francês não entende as letras, mas eles apreciam o som. Quem não gosta de ouvir o português do Brasil?", brinca. "Temos esse exotismo dos ritmos brasileiros com os códigos da música eletrônica, então eles recebem muito bem a nossa energia. É uma música para ser feliz", resume.
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