エピソード

  • #2 Os Estados Unidos e o golpe de 1964 no Brasil, com Martina Spohr e Vicente Gil
    2025/09/03

    Historicamente, os EUA combinaram auto-interesse econômico, poder militar e uma suposta superioridade moral para legitimar intervenções em outros países. Durante boa parte do século XX, o anticomunismo foi a justificativa central. Depois vieram outras bandeiras: a corrupção, o tráfico de drogas, o terrorismo, as crises econômicas. Tudo serviu como argumento para que Washington pudesse intervir sempre que seus interesses estivessem em jogo.

    Em muitos casos, a intervenção assumiu a forma de golpes de Estado. No Brasil, no Chile, no Uruguai, na Argentina, e em outros países da região, elites locais articularam-se com políticos e empresários norte-americanos para derrubar governos eleitos e impor ditaduras sanguinárias.

    E é justamente sobre esse o tema do novo episódio do Ditadura e Luta de Classes: o vínculo entre os Estados Unidos e o golpe de 1964 no Brasil, um dos períodos mais sombrios da nossa história republicana.

    Para tratar do assunto, tivemos a imensa satisfação de conversar com dois espeicalistas: Martina Spohr, professora da Escola de Ciências Sociais da Fundação Getulio Vargas, e Vicente Gil, professor do Instituto de Relações Internacionais e Defesa (IRID) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ambos doutores em História Social.


    Para saber mais:


    Demian Melo (org.). A miséria da historiografia: uma crítica ao revisionismo contemporâneo. Rio de Janeiro: Consequência, 2014.Elaine Bortone. A participação do Instituto de Pesquisa e Estudos Sociais (IPES) na construção da reforma administrativa na ditadura civil-militar (1964-1968). Dissertação de mestrado em Administração. Niterói: UFF, 2013.

    Elaine Bortone. O IPES e a ditadura empresarial-militar: os casos das estatais federais e da indústria farmacêutica. Tese de doutorado em História. Rio de Janeiro: UFRJ, 2018.

    Martina Spohr. American way of business: empresariado brasileiro e norte-americano no caminho do golpe empresarial-militar de 1964. Tese de doutorado em História Social. Rio de Janeiro: UFRJ, 2016.

    René Armand Dreifuss. 1964: A conquista do Estado. Ação Política, poder e golpe de classe. Rio de Janeiro: Vozes, 1981.

    Vicente Gil da Silva. Planejamento e organização da contrarrevolução preventiva no Brasil: atores e articulações transnacionais (1936-1964). Tese de doutorado em História Social. Rio de Janeiro: UFRJ, 2020.

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  • #1 O golpe de 1964 e a ditadura brasileira: debates e interpretações, com Cláudio Beserra Vasconcelos
    2025/04/14

    O golpe de 1964 foi militar ou civil-militar?

    A ditadura começou, de fato, apenas com o Ato Institucional nº 5, em dezembro de 1968?

    O regime inaugurado em 1964 teve apoio popular?


    Essas e outras controvérsias serão respondidas por Cláudio Beserra Vasconcelos. Doutor em História pela UFRJ, Cláudio é especialista na relação entre os militares e a política. Recentemente, em sua pesquisa de pós-doutorado, investigou as diferentes interpretações acerca do golpe de 1964 e da ditadura então instaurada.


    Bibliografias citadas no episódio:


    BORTONE, Elaine. O IPES e a ditadura empresarial-militar: os casos das estatais federais e da indústria farmacêutica. Tese de doutorado em História. Rio de Janeiro: UFRJ, 2018.

    CAMPOS, Pedro H. P.; BRANDÃO, Rafael V. da M.; LEMOS, Renato L. do C. Empresariado e ditadura no Brasil. 1 ed. Rio de Janeiro: Consequência, 2020.

    DREIFUSS, René Armand. 1964: a conquista do Estado. Ação política, poder e golpe de classe. Petrópolis: Vozes, 1981.

    FERNANDES, Florestan. Revolução burguesa no Brasil: ensaio de interpretação sociológica. São Paulo: Contracorrente, 2020 [1974].

    HOEVELER, Rejane. (Neo)liberalismo, democracia e "diplomacia empresarial": a história do Council of the Americas (1965-2019). Tese de doutorado em História. Niterói: UFF, 2020.

    LEMOS, Renato Luís do Couto Neto e. Ditadura, anistia e transição política no Brasil. Rio de Janeiro: Consequência, 2018.

    MELO, Demian Bezerra de (org.). A miséria da historiografia: uma crítica ao revisionismo contemporâneo. Rio de Janeiro: Consequência, 2014.

    REIS F.º, Daniel Aarão. Ditadura militar, esquerdas e sociedade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2000.

    REIS F.º, Daniel Aarão. Ditadura e democracia no Brasil: do golpe de 1964 à Constituição de 1988. Rio de Janeiro: Zahar, 2014.

    ROLLEMBERG, Denise; QUADRAT, Samantha (orgs). A construção social dos regimes autoritários: Brasil e América Latina. Trad.: Maria Alzira Brum Lemos, Sílvia de Souza Costa. Vol. II. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011, p. 363-392.

    SENA Jr., Carlos Zacarias; MELO, Demian Bezerra de; CALIL, Gilberto (orgs.). Contribuição à crítica da historiografia revisionista. Rio de Janeiro: Consequência, 2017.

    SPOHR, Martina. American way of business: empresariado brasileiro e norte-americano no caminho do golpe empresarial-militar de 1964. Tese de doutorado em História Social. Rio de Janeiro: UFRJ, 2016.

    VASCONCELOS, Cláudio Beserra. O revisionismo sobre a ditadura: uma historiografia liberal. Revista Brasileira de História & Ciências Sociais, v. 16, n. 33, jul-dez de 2024.

    Dossiê "A ditadura empresarial-militar, o grande capital e a luta de classes no Brasil", organizado por Cláudio Beserra Vasconcelos, Márcia Santos Lemos, Osvaldo Teodoro dos Santos Filho, Rejane Carolina Hoeveler, na revista Germinal.

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