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'O Rei da Feira': em nova comédia, Leandro Hassum reflete sobre os fantasmas de sua própria vida

'O Rei da Feira': em nova comédia, Leandro Hassum reflete sobre os fantasmas de sua própria vida

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Chegou aos cinemas brasileiros em 4 de setembro “O Rei da Feira", nova comédia estrelada por Leandro Hassum. Uma mistura de mistério, misticismo e humor que o próprio ator define como uma “Agatha Christie brasileira”. Mas, ao invés de mansões inglesas, a história se passa no lugar mais "nosso" possível: a feira livre. A película foi também uma maneira do comediante matar um pouco da saudade, já que vive nos EUA há quase uma década. Foi da casa dele, na Flórida, que o ator conversou com a RFI.

Cleide Klock, correspondente da RFI em Los Angeles

“'O Rei da Feira' é um suco de Brasil. Para a gente que mora fora, acho que conseguimos até nos identificar mais. Essa saudade, essa memória olfativa, essa memória visual, essa memória das coisas que são muito nossas, sabe? Você se identificou com o churrasquinho, vai ter gente que vai se identificar com o pastel, outros com a feira, com o cara que aponta o bicho na porta do boteco. A minha comédia vem daí, do público se identificar com o que está vendo”, diz Leandro Hassum.

Um detetive com ajuda do além

Na trama, Hassum interpreta um policial do subúrbio do Rio de Janeiro. Ali ele conhece todo mundo, incluindo Bode (Pedro Wagner), que morre misteriosamente após ganhar uma bolada no jogo do bicho. Uma característica desse detetive é que ele vê, desde criança, pessoas mortas e tem essa conexão com o além. E é o próprio Bode que aparece para ele logo após o "possível assassinato" para tentar desvendar o caso.

“Se quiser romantizar, eu sou uma espécie de Poirot, um detetive particular, que, na verdade, nada mais é do que um policial que, nas horas vagas, ele é segurança desta feira onde ele foi criado, onde a sua mãe trabalhou, namorou o cara da barraca. Era amigo do Bode e acaba tentando resolver o crime. E aí tem essa coisa do misticismo, que é uma coisa tão nossa também, de acreditar nessas crenças de tudo. Nós somos um país que tem isso. Ora, o cara vai na igreja católica, daqui a pouco toma um banho de sal grosso, acende uma vela para o anjo da guarda, lê a Bíblia e não sei o quê”, comenta.

Da feira ao Costco

Falando de feira, Hassum não esconde a paixão de andar entre barracas e provar de tudo um pouco. O Leandro que vai à feira no Brasil é o mesmo que vai ao supermercado dos Estados Unidos?

“Com certeza. É aquele cara que evita ir com fome porque se eu for com fome na feira ou no mercado aqui, a compra sai o dobro. Quando você vai à feira, eu sou aquele cara que aceita amostras de tudo. É igual, a gente tem o Costco aqui, né? Que você vai, o cara vai com aquelas amostrinhas", afirma.

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"A minha mulher vai para fazer compras e eu fico ali só pegando amostrinhas aqui e ali. No Brasil não é diferente. Eu adoro ir numa feira, comer um pastelzinho de feira. Só não tomo caldo de cana, mas o resto tudo eu adoro. Provar uma fruta, provar um salgadinho, provar um aipinzinho na manteiga que o cara está fazendo. Nem sei de onde vem a manteiga, de onde vem a faca, mas a gente não está nem aí. A gente prefere não saber, deixa quieto", sorri.

O fantasma da comédia

Já que o assunto são os espíritos que rondam a sua nova comédia, o ator também revelou qual o maior fantasma que já atordoou a sua vida. “Foi o fantasma de eu ter resolvido fazer minha cirurgia bariátrica e fazer as pessoas entenderem que meu humor não estava só na minha barriga", diz o ator.

"Esse foi um fantasma que foi difícil de fazer as pessoas entenderem que era um fantasma que estava na cabeça delas, não na minha, nunca esteve. Nunca tive dúvida do meu talento. Mas durante uns dois, três anos, foi uma coisa que me perseguiu muito, das pessoas sempre me pararem pra me perguntar por que eu tinha feito isso, que eu tinha feito besteira e tudo mais, que eu estava acabado, que eu destruí minha carreira. Graças a Deus, sigo há 11 anos, continuo trabalhando mais do que nunca, produzindo mais do que nunca, sendo convidado mais do que nunca e levando alegria para a casa das pessoas", conclui.

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