Será que a pergunta “Qual o meu diagnóstico?” esconde, na verdade, um “Quem sou eu?”

Neste episódio exploramos a relação entre diagnóstico, identidade e subjetividade.

Desde a necessidade de reconhecimento externo até às diferentes abordagens ao diagnóstico, percorremos a trilogia do *ter, ser e estar* e as suas implicações na saúde mental.

Debatemos a perspetiva biomédica, o papel dos diagnósticos psiquiátricos e como a psicanálise lacaniana os entende de forma radicalmente diferente.

O que significa adoecer em cada estrutura psíquica? Como o contexto sociocultural e económico influencia a forma como nos vemos? E qual o impacto da autoavaliação na era digital?

Se já te perguntaste se tens, és ou estás algo, este episódio é para ti. Junta-te à conversa e partilha as tuas reflexões!

Neste episódio do Podcast Inconsciente, Miguel e Nuno abordam a saúde mental a partir de uma perspectiva que transcende a ideia simplista de “sentir-se bem”.

O debate convida a repensar o conceito de saúde mental, explorando como a cultura, os diagnósticos e as práticas contemporâneas – muitas vezes centradas num ideal de felicidade e produtividade – influenciam a nossa experiência subjetiva.

Inspirando-se nas reflexões de Freud (1930, O Mal-Estar na Civilização; 1917, Luto e Melancolia; 1920, Além do Princípio do Prazer) e nas ideias de Lacan sobre o “synthome”, os interlocutores sublinham que os sintomas não devem ser simplesmente eliminados, mas sim escutados como “o título da nossa biografia” (Nuno).

Assim, este episódio propõe uma reflexão crítica acerca da redução do sofrimento a um diagnóstico e enfatiza a importância de compreender os conflitos e desejos inconscientes que moldam a subjetividade.

Referências:

• Freud, S. (1930). O Mal-Estar na Civilização.

• Freud, S. (1917). Luto e Melancolia.

• Freud, S. (1920). Além do Princípio do Prazer.

• Lacan, J. (Referência à ideia do “synthome” na teoria lacaniana).

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TIMELINE:

00:11 - Introdução ao conceito de saúde mental

02:29 - O impacto da cultura na saúde mental

12:27 - A organização dos problemas de saúde mental

22:15 - A importância dos sintomas na psicanálise

34:07 - A influência da família e da infância

43:20 - A perspectiva psicanalítica sobre a saúde mental

Neste episódio de fecho de ano, mergulhamos no clássico de Freud *O Mal-Estar na Civilização* para refletir sobre o desconforto que nos atravessa enquanto indivíduos e sociedade.

Será que o mal-estar nasce da repressão dos nossos desejos ou da dificuldade em lidar com os limites da realidade?

Exploramos a tensão entre o antigo e o novo — tanto na arquitetura de cidades como Roma, quanto nas dinâmicas internas de cada um de nós.

Discutimos o "capital ideológico" dos tempos modernos, as armadilhas da "versão ideal de si" nas redes sociais e o curioso paralelismo entre o "efeito do observador" da física quântica e o impacto de teorias psicológicas no nosso ser.

Pelo caminho, refletimos sobre o desejo humano: o que queremos nunca se alcança totalmente, e talvez seja aí que mora a nossa força — não no fim, mas no movimento.

Este episódio fecha o ano, mas não fecha o mal-estar.

Porque, afinal, como bem disse Lacan, o desejo não quer satisfação total — quer continuar a desejar.

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TIMELINE:

00:00 - O Sentimento Oceânico e o Diálogo com o Outro

03:00 - A Relação entre Sociedade e Limites

06:27 - Religião e Sistemas de Crença

13:04 - Desenvolvimento e Personalidade

29:47 - O Mal-estar Social Contemporâneo

31:45 - A Metáfora da Cidade

00:54 - O Desejo e a Relação com o Outro

01:03 - Conclusão e Reflexões Finais