Como a literatura transforma nossas dores, saudades e traumas em histórias que nos curam? De que forma o passado, longe de ser um arquivo morto, se torna matéria-prima viva para a criação?

Neste episódio, gravado durante o I Festival Literário Mondru, mergulhamos no complexo universo da memória. O editor-chefe Jeferson Barbosa conduz uma conversa sobre como o tempo deixa suas marcas e como a escrita se torna uma bússola para navegar pelo luto e reconstruir o que passou, dando novos significados às nossas experiências.

Junte-se a cinco autores da Mondru cujas obras, de maneiras distintas e potentes, encaram de frente as águas da memória, da perda e da resiliência humana.

Autores e obras em destaque neste debate:

• Humberto Conzo Júnior (As Sete Mortes do Meu Pai): Uma jornada autobiográfica pela complexidade do luto familiar e a tarefa de revisitar e "arrumar a bagunça" que as ausências deixam para trás.
• Martina Salvo (Corpo em Silêncio): Uma narrativa sensível sobre como um trauma de infância se inscreve no corpo, e a luta de uma menina para quebrar o silêncio e encontrar a própria voz para se curar.
• Enzo Fuji (Perpetuando a Ilha de Jeju com Tangerinas): Um romance de formação que conecta o luto pessoal de um jovem às feridas históricas da Coreia do Sul, mostrando a arte como forma de processar perdas coletivas e individuais.
• Sara Vicente Minaré (A Morte é uma Geladeira Vazia): Uma obra poética que usa a metáfora do vazio e da casa mal-assombrada para explorar a ausência e a dor de perder a mesma pessoa repetidas vezes nos detalhes do cotidiano.
• Jorge Henrique Romero (Quanto dura a eternidade): Uma reflexão profunda sobre o tempo e a memória a partir da mente de um narrador em coma, cujo único território possível é a reconstrução de sua própria história.

Prepare-se para uma conversa que explora a memória não como um arquivo perfeito, mas como um lugar de criação, disputa e, finalmente, de reconstrução.

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