Dungeons & Dragons, sacrifício e o desejo de um fim justo: A tensão narrativa de Stranger Things.

A série Stranger Things transcende a ficção científica ao utilizar o Dungeons & Dragons como a lente imperfeita através da qual seus jovens protagonistas processam o trauma. Enquanto a nostalgia dos anos 80 se torna o prêmio final pelo qual Eleven luta contra sua função de arma, a narrativa caminha para o clímax. A tensão final reside na colisão entre o final trágico planejado e o direito que os personagens conquistaram de serem pessoas, e não meras ferramentas de roteiro. E se toda essa luta se passasse na versão gaúcha da série na cidade de Porto Alegre: Tri bizarro?

E se Neo nunca tivesse acordado? Vinte anos após Matrix, esta reflexão imagina um mundo onde o herói escolheu a pílula azul e permaneceu preso em sua ignorância confortável. Sem o “escolhido”, a guerra entre humanos e máquinas se intensifica, e a própria ideia de liberdade se dissolve em códigos. Entre sonho e realidade, ilusão questiona: será que a felicidade é real quando é programada? Ou apenas mais uma forma de controle?

Howard the Duck: o visionário que o mundo não entendeu. O maior fracasso do cinema pode ter sido, na verdade, um visionário 30 anos à frente do seu tempo. Este episódio revisita Howard the Duck (1986) e mostra como o filme antecipou anti-heróis, humor metalinguístico e sátira cultural muito antes de Deadpool. Entre o riso e o caos, um pato anarquista desafiou o sonho americano e foi punido por isso. Hoje, sua queda parece profecia. Howard não fracassou. Ele só nasceu cedo demais.