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Cosme Rímoli

Cosme Rímoli

著者: Cosme Rímoli
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このコンテンツについて

Jornalista esportivo Cosme Rímoli entrevista grandes nomes do universo do esporte em um bate-papo sobre o que rola dentro e fora de campo.Cosme Rímoli
エピソード
  • 'SALVEI O MARCELINHO CARIOCA. O RINCÓN O LEVANTOU PELO PESCOÇO. SÓ VIA AS PERNINHAS BALANÇANDO'
    2025/06/24

    Marcos André Batista Santos poucos conhecem.Mas basta citar o cruel apelido 'Vampeta' e a idolatria aparece.Ele chegou mais cedo para a entrevista, foi almoçar ao lado do estúdio. E o dono do restaurante não quis receber seu dinheiro. E ainda agradeceu por ele ter aparecido."Sou muito feliz, onde quer que eu vá é assim. Nem sei o que fiz para merecer tanto carinho. É de palmeirense, são paulino, santista. Nem parece que fui jogador do Corinthians. Aliás, fui feito para o Corinthians!"Aos 51 anos, o carisma segue o mesmo.O personagem e o homem já nasceram misturados, com o melhor e o pior de cada um.A mente afiada.E o bom humor inerente transforma até histórias tristes, dificuldades que passou na vida, objetos de riso solto.Choro e lamentações não fazem parte de sua vida.Longe do lado jocoso, que faz questão de cultivar, Vampeta foi um jogador especial, inteligente, com visão tática diferenciada.Não ganhou 14 títulos por acaso. Entre eles, o pentacampeonato mundial, com a Seleção Brasileira. E o Mundial de Clubes, com o Corinthians. 'Joguei 13 partidas das Eliminatórias como titular. Chega na Copa, o Felipão muda o esquema. E sobra para mim, que acabei no banco. Joguei alguns minutos contra a Turquia. Estava no meu auge, mas o Brasil ganhou, está tudo certo. Sou pentacampeão do mundo.''Eu fiz o meu destino. Era filho de um caminhoneiro e uma dona de casa do Interior da Bahia. Vi um anúncio na tevê, em Nazaré das Farinhas, cidade próxima a Salvador. O Vitória estava fazendo uma 'peneira'. Decidi ir. Fui sozinho, passei. Mudei minha vida.'Como não tinha os dois dentes da frente, os colegas de time o apelidaram de Vampeta, terrível junção de 'Vampiro' com 'Capeta'. Lógico que ele não gostou. Foi aí que o apelido pegou para o resto da vida. Conviveu com cobras e ratos no alojamento precário dos garotos do Vitória, que ficava ao lado de um gigantesco depósito de lixo.Foi o primeiro jogador do Nordeste a ser vendido para a Europa, quando a lei do Velho Continente só permitia três atletas. 'Na Holanda eram só dois. Fui para o lugar do Romário.'Sua carreira e vida não dariam um filme. Mas uma série com inúmeros capítulos. O documentário sairá, com certeza.Vampeta é muito requisitado. Para entrevistá-lo, a insistência de mais de um ano. Porque viveu inúmeras situações que, contadas por ele, lembrando Ariano Suassuna, deixa o real em surreal.Como descer a rampa do Planalto, bêbado, com a camisa do Corinthians, 'roubando' a festa do pentacampeonato, diante do atônito presidente da República, Fernando Henrique.Também foi o primeiro jogador de futebol a posar nu no Brasil.'Me deram três salários que recebia no Corinthians, topei na hora. "O Luxemburgo ficou louco. Foi a revista que mais vendeu na história. Como a gente seguiu ganhando e eu jogando bem, ninguém pegou no meu pé.'Esteve no time histórico que ganhou dois Brasileiros e o título mundial.'Era muito futebol e muita confusão. Rincón, Marcelinho, Edílson, Luizão, Dida, Ricardinho, Vanderlei Luxemburgo. Foi tudo especial. Até as tretas. Nosso vestiário era bravo...' Ele contou algumas situações inacreditáveis na entrevista.Explicou a famosa frase que cunhou no Flamengo. 'Eles fingem que me pagam. Eu finjo que jogo.' Relembra que ficou cinco meses sem receber na Gávea. E depois teve de andar com segurança, com medo dos torcedores flamenguistas.Vampeta viveu alegrias de conquistas, mas as dores do rebaixamento com o Corinthians e Brasiliense.'Cosme, o jogador sente quando está em um time que vai cair. E você pode fazer de tudo, que não tem jeito. É difícil, dói..."Foi preso no Kwait por desafiar a religião mulçumana, que proíbe bebidas alcoólicas. 'Fui fabricar vinho na minha casa. Fui pego. Passei mais de 30 horas na cadeia. De raiva, fiz umas 50 garrafas e saí distribuindo.'Restaurou o único cinema de Nazaré das Farinhas, como retribuição à cidade que nasceu.Trabalha há 14 anos na rádio Jovem Pan. Recusou convite da Band para substituir Denilson.

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  • "SER ÍDOLO NO SANTOS E NO CORINTHIANS NÃO É PARA QUALQUER UM" | COSME RÍMOLI
    2025/06/17

    "Nós também vivíamos um caos na Vila Belmiro. Éramos mais 50 jogadores, ninguém acreditava no Santos. Era mais ou menos como acontece agora. Seguimos um trabalho sério. E o time renasceu. Foi assim que surgiram os 'Meninos da Vila', campeões de 1978. O Santos atual tem jeito!"A aposta é de João Paulo de Lima Filho.'João Paulo Papinha', para os que tiveram a sorte de acompanhar o Santos, campeão paulista de 1978. Time que fez história.Ganhou o primeiro título depois que Pelé deixou o Santos, em 1974Extremamente ofensivo, com Ailton Lira, Pita, Nilton Batata, Juary e João Paulo.Carioca, habilidoso, dono de dribles objetivos e com arremate forte e preciso, via no futebol uma saída para a família, simples de São João do Meriti. "Eu me destaquei no São Cristóvão. Achei que iria jogar em um time grande do Rio, quando o Santos surgiu. E lógico que eu fui. O clube era muito pressionado, tinha de dar resultado. Não tinha mais Pelé. Foi quando o Chico Formiga percebeu que havia jogadores extremamente ofensivos e com talento, entre os muitos jogadores que a diretoria contratou, meio sem critério."João Paulo logo ganhou o apelido de Papinha, por conta do Papa João Paulo ll. Embora franzino, sempre foi dono de personalidade forte. Em uma campanha memorável, o Santos decidiu o título de 1983. 'Nós ganhamos do Flamengo por 2 a 1, no Morumbi. Fomos jogar no Rio e o Arnaldo César Coelho marcou pênalti inexistente e ainda anulou um gol nosso alegando impedimento inexistente. Era carioca, não poderia ter apitado a final. Perdemos por 3 a 0 e a imprensa do Rio de Janeiro invadiu o campo, antes de a partida acabar. Saímos brigando com os jornalistas. O Serginho Chulapa começou e eu também participei."Essa briga queimou João Paulo, que foi contratado pelo Flamengo, no ano seguinte."Eu não fiquei nem um ano no Flamengo. Acabei queimado politicamente por ter batido nos jornalistas. Foi uma pena. Porque estava jogando muito bem."João Paulo não tem o que reclamar. Veio para o Corinthians. 'Primeiro teve desconfiança, por ter jogado no Santos. Mas depois acabei ídolo. Jogar no Corinthians foi completamente diferente. A torcida tem um envolvimento maior na direção do clube. Fui campeão paulista dez anos depois, contra o Guarani. Eles tinham um timão, Evair, João Paulo, Paulo Isidoro, Neto. Joguei como meia esquerda, revezando com o Paulinho. O técnico era o Jair Pereira." Acabou passando cinco anos no Parque São Jorge. E foi cultuado por lá."Ser ídolo em dois rivais não é para qualquer um."Teve poucas chances na Seleção Brasileira. "Tive muitos concorrentes. Éder, Joãozinho, João Paulo, do Guarani. Não era como hoje, havia jogadores talentosos aos montes.'Jogou rapidamente no Palmeiras. 'Cheguei em um clube com muitos problemas políticos. Não deu certo." Sobre o Santos atual, ele é direto. Não aceita a pressão só em Neymar."Ele está sozinho. O segredo para mim seria investir na base, nos garotos. O Santos só quer comprar jogadores. E tem formado times ruins. O rebaixamento aconteceu por isso. Agora é preciso muito cuidado. O segundo rebaixamento seria terrível. Ainda dá tempo. O trabalho tem de ser sério."João Paulo vive em Santos e nem parece ter 68 anos. Segue de mente afiada, personalidade forte.Torcendo para o Santos não cair de novo...REDE SOCIALInstagram: @cosmerimoli

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  • 'O PALMEIRAS DE 1996 IRIA GANHAR TUDO. SAÍ POR CAUSA DO BRUNORO.'
    2025/06/10

    O menino Luís Antônio Corrêa da Costa dormiu entre o pai e a mãe, na mesma cama, até os 14 anos.

    A família pobre de Campo Grande não tinha espaço para alojar os oito filhos, na casa simplória.

    E esta sensação psicológica de confiança, dormindo com os pais foi arrancada de uma vez. Por conta de seu talento fora de série com a bola nos pés. Era a chance de a família dar uma virada na apertada vida financeira. E lá foi ele, morar na assustadora São Paulo, imensidão de prédios. Seu 'lar'? Pequeno quarto embaixo das escadas do Morumbi.

    "Chorava todos os dias. Mergulhei em uma enorme depressão. Voltei para Campo Grande, mas um diretor do São Paulo foi me buscar."

    Desta vez, Luisinho, se transformou de vez em Muller. Por conta do alemão Gerd Muller, certo? Não. O apelido de seu irmão era Mulo. Muller foi consequência de quem não entendeu Mulo. E o atacante germânico estava no auge.

    Criou uma fortaleza psicológica para enfrentar a carreira como jogador muito talentoso que foi.

    Muller avisou antes da entrevista que queria falar só de futebol. Ele teve uma vida intensa. Foi campeão mundial com a Seleção Brasileira sub-20, na Rússia, em 1985

    O sucesso no São Paulo veio por conta de Cilinho. E ele foi a principal peça do time que foi batizado de 'Menudos do Morumbi'. Equipe empolgante, campeã brasileira de 1986.

    Símbolo sexual na época, frequentava as casas noturnas mais badaladas. Com carros caríssimos.

    Casou com a ex-chacrete Jussara Mendes, união que chamou a atenção de toda mídia, na época. A relação durou 20 anos.

    Foi jogar no Torino. Investiu seu dinheiro no banco do então presidente do clube, que acabou falindo. Voltou para o São Paulo. E outra vez formou em uma equipe excepcional. Desta vez comandada por Telê Santana. Foi bicampeão mundial, vencendo os favoritos Barcelona e Milan.

    "Quando fiz o terceiro gol, o da vitória, virei para o Costacurta e falei todos os palavrões que sabia e não sabia. Aquele título foi sensacional. Nosso time era incrível."

    Muller disputou três Copas do Mundo. A de 1986. A de 1990, onde foi titular, ao lado de Careca. "Nosso time era muito forte, mas a briga com a CBF (pelo dinheiro do patrocínio da Pepsi) atrapalhou. O Lazaroni é um grande injustiçado. Ele era moderno, mas a imprensa, que não entendeu o seu esquema, o massacrou." Em 1994 foi campeão como reserva de Parreira, que considera um técnico fraco. "Romário e Bebeto estavam no auge. Mas eu também e fui pouco utilizado, poderia ter entrado mais no lugar de um dos dois. Só que Parreira revezava as substituições."

    Mas o time que Muller pôde mostrar todo seu talento foi o Palmeiras de 1996. 'Foi fantástico. Aquele time, comigo, com o Djalminha, um gênio, com o Rivaldo, destruidor de defesas com sua força e técnica, com o Luizão. Nosso ataque marcou 102 gols em 30 jogos do Paulista. Cafu, Júnior... Se ficássemos juntos, ganharíamos tudo, por uns dois anos", aposta.

    "Só que o time foi desmanchado. Saí do maravilhoso Palmeiras de 1996 por causa do Brunoro. (José Carlos Brunoro). Ele era o CEO da Parmalat. Avisei meses antes que precisava renovar meu contrato. Ele não ligou. O fim do meu contrato coincidiu com a decisão da Copa do Brasil. O São Paulo soube que não tinha renovado. E me fez uma proposta muito maior que eu ganhava. Perguntei para o Brunoro o que ele iria fazer. Ele disse 'nada'. Fui para o São Paulo.'

    A saída de Muller foi um desastre. O Palmeiras perdeu a Copa do Brasil, em casa, para o Cruzeiro. O time maravilhoso nunca se recuperou da saída do atacante. E foi desmontado.

    Ganhou 17 títulos na carreira. Foi milionário. Perdeu grande parte da fortuna. Se recuperou, tem uma vida confortável. Não aparenta os 59 anos. Virou um rígido comentarista de futebol.

    Se assume como são paulino, apesar de ter jogado nos quatro grandes paulistas.

    "Eu não tenho nada a reclamar. Vivi como quis. E fui quatro vezes campeão do mundo. Acho que acertei nas minhas decisões."


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