エピソード

  • Pedro Marques Lopes: “Leitão Amaro é o campeão das causas do Chega”
    2025/10/30

    O Orçamento do Estado segue para a discussão na especialidade e a pré-anunciada viabilização por parte do PS retirou carga dramática à discussão e votação na generalidade. O que sobrou foi um aviso de Montenegro quer ao PS quer ao Chega: maiorias só se AD fizer parte, por isso, é melhor esquecerem a ideia de um aumento extraordinário para as pensões mais baixas.

    Vale a pena lembrar igualmente que, adiamento atrás de adiamento, a fazer pensar numa teoria da grande coincidência, a Lei da Nacionalidade foi aprovada no mesmo dia que o Orçamento. É também uma coincidência, neste caso, uma infeliz coincidência que esta legislação tivesse sido aprovada pela AD e pelo Chega com Ventura a colocar cartazes na estrada ostracizando os imigrantes do Bangladesh. Numa semana de grandes teorias, ganhou particular destaque o ministro Leitão Amaro ao acusar o Partido Socialista de pretender levar a cabo uma reengenharia demográfica e política. Na cabeça do número dois político do governo aterrou, sabe-se lá vinda de onde, a ideia de que o governo do PS abriu a porta a um milhão de imigrantes, para depois os naturalizar e ganhar eleições com o apoio deles.

    Como Ventura está em todo lado, também esteve na SIC para uma entrevista onde repetiu a tese de alguns taxistas segundo a qual este país já só se endireita com três Salazares.

    Neste país que se não existisse tinha de ser inventado, a conversa faz-se entre Pedro Marques Lopes e Pedro Siza Vieira, com moderação de Paulo Baldaia e sonoplastia de Gustavo Carvalho.

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    1 時間 8 分
  • Pedro Siza Vieira: “O Chega lança umas migalhas e Passos Coelho vai comer com medo de ficar sozinho”
    2025/10/23

    Esta é a semana em que as presidenciais entraram definitivamente na agenda. Agora, é mesmo verdade, da próxima vez que formos votar é para escolher o Presidente da República. É também uma semana em que se confirma, uma vez mais, que o Chega põe e dispõe da agenda da direita, na expressão feliz do jornalista Rui Pedro Antunes: “André Ventura pôs a AD e a IL entre a burca e a parede”.

    Com as eleições autárquicas realizadas, lá apareceu o relatório preliminar sobre o acidente no elevador da Glória. Tinha sido anteriormente noticiado pelo Expresso que o cabo usado a ligar os dois veículos não era apropriado para o efeito, o relatório confirma e acrescenta que houve relatórios de inspecção e manutenção que, simplesmente, não correspondem à verdade. A reacção inicial, quer da Câmara de Lisboa quer da administração da Carris, foi sacudir a água do capote mas, no fim do dia, Moedas fez o mínimo que podia fazer, que era anunciar que não vai reconduzir a actual administração da empresa.

    Sobre a morte de Francisco Pinto Balsemão, autonomizamos a parte inicial do Bloco Central em que falamos da importância para o país do legado que nos deixa o político, o jornalista e o empresário. Se ainda não ouviu, pode ouvir o episódio autónomo lançado ontem.

    A moderação da conversa entre Pedro Marques Lopes e Pedro Siza Vieira foi de Paulo Baldaia e a sonoplastia de Gustavo Carvalho.

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    53 分
  • Pedro Marques Lopes: “Balsemão teve um papel vital na democracia portuguesa, como político e como jornalista”
    2025/10/22

    Esta é uma semana em que se destaca a palavra liberdade. A liberdade de expressão e de informação à qual Francisco Pinto Balsemão dedicou a vida. Com ela se fez o slogan do Expresso: “Liberdade para Pensar”, sem amarras ao politicamente correcto, mas também sem nunca prescindir de uma defesa apaixonada pelos valores da Democracia.

    Começou a defender um jornalismo livre ainda no tempo da ditadura e assim se manteve até ao ultimo dia da sua vida. Francisco Pinto Balsemão morreu no dia 21 de Outubro com 88 anos.

    Este episódio extra do Bloco Central, sobre o legado de Francisco Pinto Balsemão, tem a moderação de Paulo Baldaia, numa conversa entre Pedro Marques Lopes e Pedro Siza Vieira, com sonoplastia de Gustavo Carvalho.

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    14 分
  • Siza Vieira: “O PS estancou a sangria com a ajuda de candidatos que não se pode dizer que sejam perigosos esquerdistas”
    2025/10/16

    Trump apressou o plano de paz para o Médio Oriente para ver se ainda ia a tempo de receber o Nobel, mas o comité fintou-o e atribuiu o prémio a Corina Machado, de quem a América é aliada no combate contra a autocracia de Maduro. Mas nem assim Trump deixou de se mostrar amuado e só a dedicatória da líder da oposição venezuelana apaziguou um pouco o belicismo retórico do homem que a todo o custo quer receber um prémio que nem Mahatma Gandhi recebeu, apesar de ter sido nomeado 5 vezes.

    Por cá, as coisas são bastante mais simples, numa semana em que tudo se resume às leituras políticas que se podem fazer das eleições autárquicas de domingo passado. Tanto que há para dizer… e o que tiver de ser dito será dito por Pedro Marques Lopes e Pedro Siza Vieira, comentadores residentes do Bloco Central, podcast de análise política em que o moderador é Paulo Baldaia e João Luís Amorim é o sonoplasta.

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    1 時間 3 分
  • Pedro Siza Vieira: “Os juízes vão ficar como os políticos, com medo do Ministério Público”
    2025/10/09

    Como se esperava, a flotilha foi impedida de chegar ao destino pelas forças israelitas e o espaço mediático, pelo menos por cá, deixou de ser ocupado pelo que se passa em Gaza e passou a ser ocupado com as condições de detenção de quatro portugueses recebidos no aeroporto como estrelas pop ou desportistas medalhados. Quanto às viagens, Ventura pediu e o governo fez-lhe a vontade, enviando a conta do repatriamento para cada um dos activistas.

    O insólito tomou conta do país e também ficámos a saber que o juiz Ivo Rosa foi vigiado durante três anos pelo Ministério Público. Este é o juiz que arrasou a acusação dos procuradores a José Sócrates. Os inquéritos-crime foram abertos na sequência de uma carta anónima que acusava Ivo Rosa de corrupção. O Presidente da República mostrou-se preocupado com a notícia e pediu aos orgãos de topo do Ministério Público e dos juízes que investiguem. Em plena campanha eleitoral lá surgiram notícias sobre uma averiguação preventiva a Luís Montenegro, que começou na campanha das legislativas e ainda não foi fechada.

    Estamos a chegar ao fim da campanha das autárquicas e sobe o tom, normalmente na justa medida em que sobe também o nervosismo nalgumas candidaturas que tinham como certo o que só povo pode decidir nas urnas.

    O Bloco Central é um podcast com uma conversa entre Pedro Marques Lopes e Pedro Siza Vieira e moderação de Paulo Baldaia. A sonoplastia é de Gustavo Carvalho.

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    1 時間 3 分
  • Pedro Siza Vieira: “O Governo escolheu tratar a imigração como um tema de combate político”
    2025/10/02

    Há uma terceira via para a paz no Médio Oriente. Donald Trump apresentou um plano para o pós-guerra pensado por Tony Blair e a proposta de paz já foi aceite por todos menos pelo Hamas, que não tem, no entanto, espaço de manobra para dizer não. Até os países árabes da região aplaudem a perspectiva do fim da guerra. Como chegámos aqui? É esta a vitória que falta ao presidente dos Estados Unidos para ganhar o Prémio Nobel da Paz?

    Por cá, os estrangeiros têm uma nova lei aprovada no Parlamento, outra vez, num acordo entre a AD e o Chega. O PS vai acenando e mostrando disponibilidade, cada vez que o governo precisa de uma maioria parlamentar, mas tem-lhe sido reservado o papel de figurante.

    Com eleições locais marcadas para daqui a semana e meia, os candidatos andam de porta em porta e, para além da ajuda dos líderes de cada partido, até já misturam com campanha para as presidenciais.

    No Parlamento, onde um secretário da mesa, deputado do Chega, provoca uma deputada socialista atirando beijinhos e outro deputado do mesmo partido confunde “morada” com “porrada”, perante um exaltado líder parlamentar do PSD, que parecia estar numa discussão de trânsito, Aguiar-Branco admite que talvez seja necessário rever a conduta dos deputados. Mas sem prever sanções para os deputados que violem o código, porque o presidente da Assembleia da República acredita que “a maturidade e a responsabilização de cada um pela forma como exerce o seu mandato deve ser julgada quando os portugueses forem votar.”

    O Bloco Central é moderado por Paulo Baldaia, a opinião que conta é do Pedro Marques Lopes e do Pedro Siza Vieira, a sonoplastia é do Gustavo Carvalho.

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    1 時間 3 分
  • Pedro Siza Vieira: “Nos Estados Unidos já se vive numa autocracia”
    2025/09/25

    Enquanto Trump anuncia ao mundo que a Europa, por causa do combate às alterações climáticas e à imigração, está a morrer, a democracia nos Estados Unidos da América, com ataques sistemáticos do seu presidente, está já de pés para a cova. Mas há quem esteja a lutar por ela.

    Jimmy Kimmel voltou ao activo, depois de receber o apoio de Stephen Colbert, Jon Stewart, Seth Meyers e Jimmy Fallon. Obviamente todos eles na mira de Trump, que já tinha deixado claro que odeia os opositores e não quer o melhor para eles. O ataque à liberdade de expressão é feito às claras.

    A Casa Branca não se limita, no entanto, a tentar destruir os alicerces da democracia americana. Num relatório recente de um think tank pan-europeu é exposta a estratégia norte-americana de dividir e secundarizar os aliados europeus. Com mais ou menos colaboração, o apoio à extrema-direita europeia é central nesta estratégia.

    Posta em causa a ocidente e testada ao limite a leste, a Europa vacila na hora de responder às constantes violações do seu espaço aéreo por drones e aviões russos.

    Por cá, caminhamos a passos largos para as eleições autárquicas, os debates vão-se sucedendo, como se sucedem as noticias sobre o elevador da Glória e os incómodos que isso causa na candidatura de Carlos Moedas.

    No Bloco Central, Paulo Baldaia modera a conversa entre Pedro Marques Lopes e Pedro Siza Vieira. A sonoplastia é de Gustavo Carvalho.

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    1 時間 2 分
  • Pedro Siza Vieira: “Ventura matou politicamente Passos Coelho e disse: ‘À direita sou eu e mais ninguém’”
    2025/09/18

    Começa a ser perigoso dizer que o mundo está perigoso porque, como na história de Pedro e o Lobo, já parece que ninguém quer saber que o mundo está mesmo a ficar mais perigoso. Putin faz gato sapato da Europa e lança um enxame de drones na Polónia, porque sabe que a resposta da Europa será pífia. Trump apoia Israel, que leva a cabo um genocídio em Gaza, e ataca o Hamas no Catar, aliado dos Estados Unidos na região. Os países com maior poderio militar ou são ditaduras ou são liderados por radicais de direita que muito contribuem para a instabilidade global.

    Bolsonaro e os seus cúmplices foram julgados e condenados pelo Supremo brasileiro. No entretanto, a extrema-direita alemã triplicou os votos nas autárquicas do estado mais populoso do país e, por cá, já aparece à frente em estudos de opinião, dando balanço para que Ventura se tenha apresentado como candidato presidencial. Mas antes de chegarmos a essas eleições, vamos ter de passar pelas autárquicas, onde a expectativa é que o Chega tenha um crescimento exponencial. Já começaram os debate e nós avaliamos o da capital.

    A ministra da saúde continua em avaliação e o Presidente promete para outubro um diagnóstico que pode significar uma complicação política para Ana Paula Martins.

    Está com o Bloco Central, numa conversa de Pedro Marques Lopes e Pedro Siza Vieira, moderação de Paulo Baldaia e sonoplastia de Gustavo Carvalho.

    BLOCO CENTRAL DOS INTERESSES

    PEDRO SIZA VIEIRA

    “Isto Vai Doer”

    “This is Gonna Hurt”, no original, é uma minissérie da BBC inspirada no livro de memórias com o mesmo título do médico Adam Kay. É uma excelente série, com personagens complexos e dramaticamente muito conseguida, que relata com extremo realismo o trabalho num serviço de ginecologia e obstetrícia do NHS britânico. Quando falamos dos problemas do nosso SNS, é bom ver tão bem ilustrada uma realidade muito semelhante, com profissionais extremamente desgastados pelas longas horas, pela complexidade das situações clínicas e pelo impacto que isso tem nas suas vidas pessoais. Os atores são excelentes - desde logo o extraordinário Ben Whishaw - e a série mostra como, apesar do desgaste em que os profissionais vivem, é no NHS que as situações mais complexas são resolvidas com extrema capacidade, e como a motivação das equipas vem do seu sentido de serviço e da vontade de ultrapassar os desafios clínicos mais exigentes.

    PEDRO MARQUES LOPES

    “I Care”, da banda Turnstile

    Os Turnstile são um banda de Baltimore, USA. Iniciaram a atividade em 2010, mas só há pouco tempo se tornaram conhecidos em termos globais. Costumo dizer que são os Arctic Monkeys dos primeiros tempos da banda de Sheffield. Difíceis de catalogar, há quem fale de pós punk, indie, etc. Para mim, é uma grande banda indie de guitarras. Deram um grande concerto no Primavera Sound deste ano e voltam a Portugal dia 26 de novembro. Fica o “I Care” do último álbum, “Never Enough”.

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    1 時間 9 分