エピソード

  • João Soares: “O Zenha dizia-me: ‘Epá, tu tens é que ser preso’. É uma lacuna séria no meu percurso”
    2025/06/16

    João Soares, filho de Mário Soares, recorda como conheceu Salgueiro Maia no Largo do Carmo, onde andou a oferecer os primeiros exemplares do jornal República que não passaram pela censura. A viagem de comboio do pai desde Paris, a chegada a Santa Apolónia, e as primeiras lutas do PS: “Soares e Zenha, não há quem os detenha. Era um grande slogan.”

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    1 時間
  • Artur Santos Silva e a ruptura com Sá Carneiro em 1974: “A saída do PPD foi um mau momento, uma coisa de muitos impulsos” — parte II
    2025/06/09

    Os insultos no Bolhão a Otelo e Corvacho. A insólita reunião do Conselho de Ministros antes do cerco ao Parlamento. A conspiração entre Soares, Zenha e Sá Carneiro sobre a greve do Governo. Os 220 processos de saneamento em bancos e seguradoras. O afastamento do PPD e o pedido de demissão do Governo. Segunda parte da conversa com Artur Santos Silva: “Olhando para trás, não fiz nada que me tenha repugnado. Nada.”

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    53 分
  • Santos Silva: “Sá Carneiro disse-me: ‘Artur, não fique cá. Eu vou-me embora para Inglaterra’”
    2025/06/02

    Artur Santos Silva passou o 25 de abril de 1974 em casa do vizinho Francisco Sá Carneiro, no Porto, que ia sabendo da revolução por telefonemas de Balsemão e Marcelo. Celebraram com champanhe e conversaram sobre a construção de um partido social-democrata. Indicou vários nomes de fundadores do PPD, mas pôs-se de fora da comissão política, por não querer deixar o seu trabalho como diretor do Banco Português do Atlântico. O plano económico do “ventre mole da revolução”. O choque das nacionalizações e o pânico com as detenções de empresários.

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    56 分
  • Tozé Brito: “No quartel votámos contra sair à rua para travar o Jaime Neves. Ou morríamos todos ou dava guerra civil”
    2025/05/26

    O músico Tozé Brito pagou dez contos a um agente da PIDE para fugir do país e exilar-se em Inglaterra como tradutor, para escapar à guerra de África. Voltou no Natal de 1974 e viveu o quente ano de 1975 nos quartéis, a dar instrução sobre armas pesadas. Participou em campanhas de alfabetização no interior, onde viu a magia da chegada da luz elétrica e da televisão — e um homem ainda lhe perguntou pelo rei, 65 anos depois do fim da monarquia. Aos fins de semana dava concertos com o Quarteto 1111, que continuou a fazer músicas sobre o amor, apesar da mudança política na música: “Só havia espaço para a esquerda e para quem cantava a Revolução. Era massacrante estar a ouvir aquilo”.

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    1 時間 6 分
  • Pezarat Correia: “O Vasco Gonçalves estava extremamente perturbado na parte final do governo dele”
    2025/05/19

    O choque violento com Vasco Gonçalves na assembleia do MFA. As influências que viravam Otelo no Copcon. As longas reuniões do Conselho da Revolução. Os agricultores armados para se defenderem das ocupações. E a granada que rebentou numa manifestação. Segunda parte da conversa com o general Pezarat Correia, que foi membro do Conselho da Revolução e comandante da Região Militar Sul.

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    43 分
  • Pezarat Correia: “Estive com Spínola na Guiné e eu tinha ali um comandante. Depois, como Presidente, foi um desastre”
    2025/05/12

    Histórias de bastidores da origem do Movimento dos Capitães. Conspirações arriscadas em Angola. As eleições para a comissão do MFA. A Kalashnikov que levou para o encontro com Jonas Savimbi, que “estava sempre disposto a trair tudo”. As negociações com a FNLA e o MPLA até aos acordos de Alvor. A viagem de Almeida Santos a Luanda, o ultimato contra o governador e a chegada de Rosa Coutinho. As greves dos caminhos de ferro e dos camionistas e a ocupação da rádio. O 11 de março no gabinete do Chefe do Estado Maior do Exército. E a crítica à Presidência da República de Spínola. Primeira parte da conversa com o general Pedro Pezarat Correia, antigo membro do Conselho da Revolução.

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    1 時間 23 分
  • José Lamego e o MRPP: “Havia uma mentalidade persecutória e um ultrapuritanismo completamente disparatado”
    2025/05/05

    O recrutamento pelo MRPP e a desilusão com o irrealismo do partido. A luta corpo a corpo com um agente da PIDE que o baleou — e só não o matou porque ficou sem balas. As três detenções, a tortura e o “segredo” na prisão de Caxias. A recusa de uma fuga para Paris, por achar que ir para o exílio era prova de fraqueza. Os primeiros sinais da revolução na cadeia e a libertação no dia 26 de abril de 1974. O uso de ficheiros da PIDE nas detenções de militantes do MRPP depois da revolução. O encontro com Arnaldo de Matos. As acusações de desvio burguês e de ser um bon-vivant. E o sonho de transformar Portugal na Albânia, “um delírio completo”.

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    1 時間 12 分
  • Marcello Duarte Mathias: “Vi o 25 de abril com muita apreensão. Depois conseguiu-se aquele milagre do 25 de novembro”
    2025/04/28

    O 25 de abril visto a partir da embaixada no Brasil, onde Marcello Duarte Mathias estava colocado. O desalento de José Hermano Saraiva, último embaixador antes da revolução, e a gargalhada do sucessor, Vasco Futscher Pereira. A campanha contra o pai, que tinha sido ministro de Salazar. As abordagens e promessas da CIA para tentar recolher informações. A “burguesia particularmente ignorante” que “não entendeu nada em 1974”. A amargura de Marcello Caetano. Os exilados portugueses no Brasil. A entrada de Mário Soares no Ministério dos Negócios Estrangeiros. E o “milagre” do 25 de novembro.

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    47 分