エピソード

  • #150: Mulheres na Igreja - Voltar à origem do cristianismo é chave para avançar em maior participação
    2025/04/28

    Um ponto sempre citado quando se fala do legado do papa Francisco é a porta que ele abriu à maior participação feminina no Vaticano. O argentino Jorge Mario Bergoglio nunca defendeu mulheres rezando missa, mas fez mudanças importantes na legislação eclesiástica para possibilitar que elas ocupassem papéis significativos na estrutura da Igreja. O próximo papa enfrentará o desafio de seguir o caminho iniciado por Francisco para que não haja um descompasso tão grande entre Igreja e sociedade. Mas como continuar avançando? Para a vaticanista e doutoranda em História da Igreja pela Pontificia Università Gregoriana Mirticellli Medeiros, o caminho é voltar às origens, ao cristianismo primitivo. “Eu, como historiadora, posso dizer: as diaconisas existiram na história da Igreja”, afirma.

    Correspondente internacional em Roma, Mirticelli contou ao programa Mulheres Reais, da Rádio Eldorado, que quando o cristianismo começou a se estruturar, no século I após a morte de Cristo, após os apóstolos se espalharem para promover a evangelização, a comunidade cristã passou a se institucionalizar e foram criados alguns grupos, que cuidavam de outros grupos. Nasceu então a figura do diácono - a pessoa responsável pela caridade nas primeiras comunidades cristãs, pela distribuição dos bens, por assistir as viúvas e as pessoas mais vulneráveis, por exemplo.

    E quando elas sumiram? “Então, aí é que está a questão”, responde Mirticelli. “Em determinado momento na história, mais ou menos entre os séculos V e VI, elas desaparecem no Ocidente. Porque se começa a entender que Jesus confiou determinados cargos somente aos homens. Mas no Oriente elas continuam a exercer suas funções. A Igreja Ortodoxa Grega reativou o diaconato feminino. Um diaconato especial, que é diferente do dos homens. Mesmo assim, não foi uma abertura 100%. Eles concedem o título de diaconisas a monjas anciãs, por exemplo.”

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  • #149: As estão apagando e reescrevendo pedaços da História. E o Brasil com isso?
    2025/04/22

    O Google Maps passará em território americano a chamar o Golfo do México de Golfo da América para atender a uma ordem executiva do presidente Donald Trump. Não adianta meio mundo achar a troca uma brincadeira e a presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, ter rebatido que os Estados Unidos deveriam então se chamar América Mexicana para seguir um mapa-múndi de 1607. O mesmo mapa também já falava em Golfo do México 169 anos antes da fundação dos Estados Unidos. Mas, como o México não tem Google nem outra plataforma com mais de um bilhão de usuários, para boa parte das pessoas logo logo será mesmo Golfo da América.


    Pesquisas mostram que ChatGPT, DeepSeek e similares não são transparentes sobre informações básicas, como onde fica sua sede, quem são seus responsáveis e investidores, quanto receberam de financiamento. Nesse cenário, como ficam países que não têm plataformas nacionais de alcance global, como é o caso do Brasil? E mais: o que acontecerá com a História e a memória desses países diante de uma população cada vez mais conectada a LLMs estrangeiras globais que acredita mais no que encontra nos apps e sites de busca do que nos livros de História?


    As apresentadoras Luciana Garbin e Carolina Ercolin falam do tema nesta edição. O Mulheres Reais vai ao ar às segundas-feiras, a partir das 8h, no Jornal Eldorado. O podcast é apresentado por Carolina Ercolin e Luciana Garbin e está disponível em todas as plataformas de áudio.

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  • #148: Vou te receitar... um museu: médicos suíços testam um novo tratamento para saúde mental
    2025/04/14

    Neuchâtel é uma pequena cidade suíça de 31 mil habitantes às margens de um lago de mesmo nome. Com vinhedos e um castelo medieval, é apresentada em sites de turismo como “um oásis de natureza com charme francês e toque mediterrâneo”. Há alguns dias, o local virou notícia em várias partes do mundo após seus médicos prescreverem um “remédio” diferente a pacientes com problemas de saúde mental e doenças crônicas: passeios em jardins públicos, galerias de arte e museus. O projeto piloto foi lançado em fevereiro deste ano para ajudar moradores em dificuldades e promover atividade física, segundo reportagem da Reuters. Mas chamou a atenção mesmo por envolver centenas de prescrições médicas para visitas gratuitas a três museus e ao jardim botânico da cidade. A iniciativa será testada por um ano e poderá ser expandida para outras atividades, como teatro. As apresentadoras Luciana Garbin e Carolina Ercolin falam do tema nesta edição.

    O Mulheres Reais vai ao ar às segundas-feiras, a partir das 8h, no Jornal Eldorado. O podcast é apresentado por Carolina Ercolin e Luciana Garbin e está disponível em todas as plataformas de áudio.

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  • #147: Já pensou em trocar o tempo dado a idosos na juventude por créditos na sua velhice? Isso já existe
    2025/04/07

    Criado nos anos 1970 no Japão, projeto do banco de tempo se expandiu em iniciativas locais por diferentes países e agora, com o envelhecimento da população, tenta ganhar escala em gigantes como a China As apresentadoras Luciana Garbin e Carolina Ercolin falam do tema nesta edição.

    O Mulheres Reais vai ao ar às segundas-feiras, a partir das 8h, no Jornal Eldorado. O podcast é apresentado por Carolina Ercolin e Luciana Garbin e está disponível em todas as plataformas de áudio.

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  • #146 EXCLUSIVO: ‘Não faltou amor nem dinheiro. Mas meu filho não via um futuro’, diz mãe de jovem que atacou escola
    2025/04/01

    Em meio à repercussão da série ‘Adolescência’, mãe de autor de ataque frustrado a colégio do ES reforça alerta sobre comunidades extremistas na internet e para mudanças de comportamento de adolescentes: ‘Jovens de hoje estão perdidos, eles não veem objetivo. Converse com seu filho sobre isso’.

    Desde que Adolescência estreou na Netflix não foram poucas as pessoas que perguntaram à enfermeira capixaba Adriana se ela assistiu à série. A produção conta a história de um adolescente acusado de assassinar uma colega de escola e tem levado a inúmeros debates sobre masculinidade tóxica, incels e cooptação de meninos por grupos de radicalização online. Um universo desconhecido da maioria dos pais e que a família de Adriana acabou descobrindo de maneira trágica há quase três anos. Na tarde de 19 de agosto de 2022, ela tinha acabado de chegar de uma viagem de férias aos Estados Unidos quando recebeu a notícia de que Henrique, o filho de 18 anos que ela pensava estar no mercado, tinha acabado de invadir a Escola Municipal Éber Lousada Zippinotti, em Vitória (ES), com seis facas ninjas, arco com 59 flechas, três bestas e quatro coquetéis molotov. Após ter acesso negado no portão, ele escalou a grade do ex-colégio, ameaçou estudantes e funcionários e acabou detido por policiais e seguranças. Ninguém se feriu. Autuado em flagrante, está preso desde então. Sem julgamento definitivo nem qualquer tipo de assistência psicológica, ele já foi ameaçado de morte e teve de mudar de presídio. Numa das visitas da mãe, revelou o que o levou a planejar o ataque à escola.

    Com quatro trabalhos para conseguir pagar advogado e psiquiatra para Henrique, Adriana vendeu o apartamento e se mudou de cidade com o outro filho, gêmeo do autor do ataque. Em entrevista ao podcast Mulheres Reais, da Rádio Eldorado, ela contou que resolveu voltar a falar sobre o seu drama para alertar pais e mães sobre sinais no comportamento dos filhos que não devem ignorar e tentar evitar que histórias como a da sua família não se repitam. “Antigamente a gente perguntava o que você quer ser quando crescer e hoje parece que isso está meio perdido para os jovens, esse mundo tecnológico, essa facilidade de tudo na mão, no celular. Talvez essa facilidade toda tenha provocado um vazio neles, essa falta de propósito, de uma paixão, de um hobby, um esporte, uma religião”, afirma Adriana, que pediu para não ter o sobrenome divulgado por causa de ameaças.

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  • #145: ‘Adolescência’, da Netflix, em debate: ‘Tirar celular do filho, supervisionar, é ato de amor’
    2025/03/31

    Mesmo com anos de experiência em educação de crianças e adolescentes, o psicólogo e educador Ilan Brenman diz que se viu “atordoado e perdido” após terminar de ver Adolescência, a série da Netflix que aborda um caso de assassinato de uma adolescente por um colega de escola e tem dado o que falar. “Tem coisas lá que nem passavam pela minha cabeça. Eu saí da série em muitos aspectos ignorante e fui falar com as minhas filhas, pesquisar e olhar”, disse Brenman à coluna Mulheres Reais, da Rádio Eldorado.

    Autor de livros infantis, ele considera a série uma oportunidade de refletir sobre a criação de crianças e adolescentes, sobre o acesso muitas vezes ilimitado dos jovens ao mundo digital - e suas comunidades que pregam o ódio - e sobre como os pais podem extrair ensinamentos da trama para repensar e mudar a rotina familiar. Na visão de Brenman, os pais devem monitorar de perto a atuação online dos filhos, intervindo e restringindo se necessário.

    O Mulheres Reais vai ao ar às segundas-feiras, a partir das 8h, no Jornal Eldorado. O podcast é apresentado por Carolina Ercolin e Luciana Garbin e está disponível em todas as plataformas de áudio.

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  • #144: Que tal viver com amigos depois dos 50? Projeto ganha força pelo mundo
    2025/03/24

    Ao estilo sênior cohousing, adaptação de ideia dinamarquesa dos anos 1970 se espalha no Brasil e fora também. Além dos hábitos saudáveis, um outro fator impacta a longevidade segundo pesquisas: os relacionamentos. Não por acaso a Organização Mundial da Saúde (OMS) criou a Comissão sobre Conexão Social, considerada uma “prioridade de saúde global” para reduzir a solidão. E o caso é especialmente preocupante entre os mais idosos: estimativas globais sugerem que 1 em cada 4 adultos mais velhos sofre de isolamento social.


    Uma ideia que vem se espalhando por diversos países promete ajudar a combater esse cenário: a do sênior cohousing. Trata-se de comunidades nas quais as pessoas têm a própria casa ou o próprio apartamento, mas compartilham espaços coletivos. Em alguns lugares, gente que já se conhecia antes se reaproxima para viver junto. Uma espécie de república 50+, mas com cada um no seu pedaço.


    O Mulheres Reais vai ao ar às segundas-feiras, a partir das 8h, no Jornal Eldorado. O podcast é apresentado por Carolina Ercolin e Luciana Garbin e está disponível em todas as plataformas de áudio.

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  • #143: Uma tradição sueca ensina a desapegar para ter uma vida mais leve e feliz - e dá pra começar hoje
    2025/03/17

    Fazer uma boa limpeza e deixar para trás quinquilharias da casa e da vida pode ser revigorante e tornar nossa caminhada mais tranquila - de quebra, ainda dará menos trabalho aos que ficam quando não estivermos mais aqui.

    O Mulheres Reais vai ao ar às segundas-feiras, a partir das 8h, no Jornal Eldorado. O podcast é apresentado por Carolina Ercolin e Luciana Garbin e está disponível em todas as plataformas de áudio.

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