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Instituto francês aposta em avanços da medicina nuclear para diagnosticar e tratar cânceres

Instituto francês aposta em avanços da medicina nuclear para diagnosticar e tratar cânceres

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As novas técnicas de medicina nuclear garantem mais precisão no diagnóstico e no tratamento, e já beneficiam diversos pacientes no Instituto francês Gustave Roussy, em Villejuif, nos arredores de Paris. O centro, que é uma referência mundial no combate ao câncer, pretende expandir esses procedimentos para vários tipos de tumores malignos, como os da próstata, da mama e do sistema digestivo.

Taíssa Stivanin, da RFI em Paris

Durante muito tempo, as técnicas da medicina nuclear foram usadas principalmente para detectar e tratar cânceres da tireoide, mas os avanços tecnológicos ampliaram as possibilidades terapêuticas.

Nos corredores do Instituto Gustave Roussy, Désirée Deandreis, especialista em medicina nuclear aplicada à oncologia e chefe do setor, não esconde sua empolgação diante da imprensa, convidada para uma visita ao centro. Ela cita casos de pacientes que serão ou já foram tratados pelas novas terapias que utilizam a radioatividade. Para alguns deles, elas representam a última esperança de sobrevida.

O instituto também comemora a dupla autorização da Agência Regional de Saúde e da Autoridade de Segurança Nuclear e Radioproteção da França para testar as novas opções terapêuticas já na fase 1 de ensaios clínicos com humanos.

O centro tem o privilégio de aliar pesquisa clínica e aplicada, permitindo que, em determinadas situações, os pacientes se beneficiem com segurança de tratamentos que ainda não passaram por todas as etapas de validação científica.

No caso da medicina nuclear, isso significa, na prática, que pela primeira vez novos radiofármacos poderão ser administrados no homem. Em janeiro de 2025, uma paciente com câncer de mama pôde, por exemplo, ser tratada com essas substâncias, uma possibilidade até então inédita.

Os radiofármacos são moléculas marcadas por elementos radioativos que reconhecem receptores, enzimas ou outras proteínas no organismo. Eles atingem as células cancerígenas com uma precisão única, poupando os tecidos saudáveis.

A detecção precoce e a localização do alvo tumoral são possíveis graças às novas técnicas de imagem que utilizam os chamados traçadores radioativos, que também podem ser usados para destruir o câncer.

“A ideia é testar novas moléculas para vários tipos de câncer. Por ora, os tratamentos se restringem aos cânceres raros e de próstata. Começamos também a utilizá-los em cânceres de mama e, neste inverno (na Europa), vamos testá-los nos cânceres digestivos. Queremos também detectar doenças que ainda não contam com opções terapêuticas. A meta é desenvolver pesquisas e encontrar moléculas eficazes”, explicou Désirée Deandreis.

As novas terapias com elementos radioativos também podem ser associadas a outras já existentes, como a quimioterapia ou a imunoterapia. “Não podemos esquecer da toxicidade, que é importante para a qualidade de vida do paciente”, lembra a especialista francesa. “Graças ao teranóstico (terapia e diagnóstico), somos capazes de selecionar o paciente e tratá-lo com a molécula mais adequada ao seu caso.”

Novos radiofármacos

A radiofarmácia do centro de medicina nuclear do Instituto Gustave Roussy é coordenada pela radiofarmacêutica Lison Ferréol. Antes de visitar o local, é necessário vestir roupas especiais para evitar qualquer tipo de contaminação radioativa e utilizar um medidor para verificar o nível de radiação.

Segundo ela, os radiofármacos têm diferentes funções e são usados em diagnósticos e terapias. Podem, por exemplo, aliviar a dor de metástases ósseas, tratar tumores neuroendócrinos, de próstata ou da tireoide. Também são utilizados para mapear o metabolismo da glicose em exames como o TEP (tomografia por emissão de pósitrons), que permite identificar o estágio do câncer.

“O princípio da medicina nuclear é sempre o mesmo: temos um vetor que não é radioativo e que permite levar a radioatividade até o local desejado, integrando-se a um metabolismo fisiológico ou patológico”, explica.

“O objetivo, no fim, é visualizar as células cancerígenas nos exames de imagem, para identificá-las, tratá-las e destruí-las, quando utilizamos radionuclídeos que emitem radiações destrutivas.”

Neste contexto, Désirée Deandreis também destaca a importância da personalização da trajetória do paciente. “Com a ajuda da pesquisa fundamental e aplicada, podemos entender melhor os fatores que influenciam as respostas dos pacientes, como a radioresistência, que é a capacidade de uma célula, tecido ou organismo de resistir aos efeitos da radiação ionizante. A meta é obter mais informações que nos ajudem a escolher os tratamentos com ainda mais precisão”, conclui.

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