エピソード

  • Gente Conversa #62 | Lazer em Crise
    2025/12/08
    O tempo livre — aquele intervalo que deveria servir pra respirar, se reconectar, criar — está em crise. Nunca tivemos tantas opções de entretenimento, tantas telas, tantos estímulos… e, ao mesmo tempo, nunca estivemos tão cansados. A tecnologia jurou devolver tempo à nossa vida. Automatizou tarefas, encurtou caminhos, tirou fricção do cotidiano. Mas, na outra ponta, colonizou a nossa atenção. Feeds infinitos, notificações, métricas de engajamento: o descanso virou conteúdo, a pausa virou produto. O ócio, que já foi espaço de imaginação, passou a exigir justificativa. O lazer passou a carregar o peso da produtividade. A gente “desliga” vendo vídeo curto, mas volta mais cansado. Busca prazer rápido, mas encontra ansiedade e alerta permanente. E quando o trabalho se espalha por toda a cidade — e para dentro do celular —, a fronteira entre expediente e descanso some. No fundo, o que está em jogo não é só organizar a agenda — é disputar o sentido do nosso tempo. Se as máquinas prometem liberar horas, quem decide o que fazer com elas? Vamos ocupar esse tempo com distração passiva… ou com experiências que realmente nos envolvam, nos desafiem, nos façam bem? Porque nem todo lazer é igual: há o que entorpece — e há o que nos coloca em estado de fluxo, presença e encantamento. Praças, festas, rodas de música, esportes, encontros — existe um lazer coletivo, sensorial, de corpo inteiro, que insiste em existir fora das telas. Mas ele convive com desigualdades antigas e novas: renda, gênero, jornada, acesso à cidade, qualidade do tempo. Ju Wallauer conversa sobre a crise do lazer — para, quem sabe, reencontrar o ócio que regenera e o prazer que não cobra performance. Convidados Angela Brêtas: especialista em estudos de lazer, atual Ouvidora da Mulher da UFRJ e criadora do podcast Papo de Lazer com Angela Brêtas Christian Rôças, Crocas: especialista em economia criativa, CEO da Flint.me. Ricardo Laganaro: cineasta e diretor de realidade virtual, CCO da Árvore Imersiva.
    続きを読む 一部表示
    1 時間
  • Gente Conversa #61 | O Brasil no espelho: quem somos e como nos vemos
    2025/11/25
    O Brasil às vezes parece muitos países dentro de um só: Um lugar onde a fé e a esperança convivem com o cansaço e a desconfiança. Onde a família é o centro de tudo, mas a rotina aperta e a vida exige malabarismo. Um país em que, mesmo diante das dificuldades, a maioria das pessoas acredita em dias melhores — e mais de oitenta por cento têm orgulho de ser brasileiras. Esses são alguns dos achados do estudo O Brasil no Espelho — uma pesquisa feita pela Globo em parceria com a Quaest para descobrir o que realmente move os brasileiros, o que os preocupa, o que dá sentido à vida e o que ainda os faz acreditar no futuro. O que esse retrato mostra é um país cheio de contrastes. Um país de fé, mas também de dúvida. De otimismo, mas também de desconfiança. De tradição e de mudança. Ju Wallauer conversa sobre o que esse espelho revela: como o Brasil se enxerga, o que está mudando na forma como vivemos e nos relacionamos, e o que tudo isso significa pra quem quer falar — de verdade — com as pessoas que vivem aqui. Porque entender o Brasil é, antes de tudo, um exercício de escuta. E talvez esse espelho esteja mostrando justamente isso: que para se conectar com o brasileiro, é preciso olhar pra ele de perto — sem filtros, sem clichês, e com um pouco mais de empatia. Convidados Suzana Pamplona: diretora de pesquisa & conhecimento da Globo. Felipe Nunes: cientista político e CEO da Quaest. Ana Paula Passarelli (Passa): especialista em creator economy, co-fundadora da Brunch e VP de Creator Economy da Diana.
    続きを読む 一部表示
    54 分
  • Gente Conversa #60 | Está na moda ser latino
    2025/10/28
    A cultura latina nunca esteve tão em evidência. Antes era vista como uma expressão periférica, a latinidade hoje inspira o mainstream global, da música à publicidade. Nos últimos anos, vimos artistas latinos dominarem o topo dos charts globais e a estética latina se transformar em referência de moda e linguagem. O reggaeton, os corridos mexicanos e o funk brasileiro se misturam e se reinventam, conquistando públicos que antes pareciam distantes. E, em paralelo, marcas passaram a olhar para a latinidade como um ativo cultural poderoso, capaz de criar conexão. Mas esse fenômeno não surgiu do nada. Ele é resultado de uma longa história de mistura, resistência e criatividade. A latinidade é plural, híbrida, feita de contradições: é o borogodó, a ginga, o improviso, mas também é memória histórica, atravessada por colonização, desigualdades e pela luta por reconhecimento. Por isso, falar de latinidade hoje é também falar de como equilibrar autenticidade e tendência, potência cultural e apropriação. Nesse episódio, vamos mergulhar nesse momento em que ser latino virou moda — mas é muito mais do que isso. Vamos entender como a Geração Z impulsiona esse movimento através do streaming e das redes sociais, como artistas brasileiros e internacionais estão construindo novas pontes culturais, como o jornalismo ajuda a ampliar o olhar para além das fronteiras, e como marcas podem se conectar a essa energia de um jeito verdadeiro. Juliana Wallauer conversar sobre a força da latinidade com Mariana Madjarof, fundadora e CEO da Access Mídia, agência de marketing e relações públicas para artistas. Fez projetos com Mon Laferte, Karol G, Bad Bunny e outros; Lucas Berti, jornalista, fundador da newsletter Giro Latino, veículo jornalístico independente especializado na cobertura de América Latina, de política a cultura; Emely Jensen, sócia e diretora de curadoria da Bananas Music, uma agência de "music branding", estratégia e experiências musicais para grandes marcas.
    続きを読む 一部表示
    48 分
  • Gente Conversa #59 - Publicidade na era dos memes
    2025/09/30
    Hoje, as conversas acontecem no tempo do deslize da tela, do refresh. Um comentário vira piada, a piada vira imagem, a imagem vira bordão — e, quando a gente pisca, já tem marca tentando transformar tudo isso em campanha. Com os brasileiros passando em média 3 horas e 41 minutos diários nas redes sociais, o marketing em tempo real se tornou uma ferramenta muito útil para as empresas. Uma tentativa de mostrar que a marca está ligada, que entendeu o momento, que sabe brincar — ou, pelo menos, que quer tentar. Mas entre a agilidade e o atropelo, tem uma linha tênue. Porque uma resposta rápida pode gerar identificação… ou virar crise. E o meme certo na hora certa pode ser genial — mas fora de contexto, vira ruído. A gente vive uma era em que a cultura digital não está só nas redes: ela está na linguagem, no humor, nas campanhas, no jeito como a gente se expressa. E entender esse movimento é mais do que acompanhar tendências. Afinal, o que é preciso para se comunicar com naturalidade na lógica acelerada da internet? Qual é o limite entre se jogar na conversa e se perder nela? E será que toda marca precisa mesmo falar sobre tudo o tempo todo? Ju Wallauer reuniu para esse papo pessoas que vivem dentro da linguagem acelerada da internet. A conversa começa agora. Convidados Bia Granja: especialista em influência e creator economy Chico Barney: criador e comentarista da internet e de TV. Ana Gabriela Lopes: CMO do iFood
    続きを読む 一部表示
    57 分
  • Gente Conversa #58 | Brasil, potência criativa global
    2025/09/02
    O Brasil sempre teve orgulho de dizer que é criativo. Gostamos de dizer que sabemos improvisar, misturar, dar aquele jeitinho para transformar dificuldades em soluções e beleza. Isso aparece na música, na moda, na gastronomia, no nosso jeito de contar histórias, no nosso jeito de viver. Neste ano, veio outro reconhecimento: o Brasil foi eleito o país mais criativo do mundo no maior festival de criatividade do planeta, o Cannes Lions. É um título importante, claro, mas também levanta várias perguntas. O que significa, de verdade, ser a maior potência criativa global? Esse talento vem do nosso DNA cultural, vem da diversidade, vem da resiliência — ou vem da necessidade de sobreviver? E mais: como a gente transforma esse potencial em estratégia para as marcas, para a cultura e para a sociedade? Hoje, vamos mergulhar nessas camadas todas que moldam a criatividade brasileira. Entender como ela virou referência, como pode ajudar a transformar a realidade, e o que podemos aprender — e ensinar — a partir de agora, quando o mundo todo está nos observando. Vamos falar de mistura, de afeto, de coragem, de oportunidades. E também refletir se estamos prontos para transformar essa energia criativa em impacto real, que nos ajude a construir um país mais inovador e mais plural. Ju Wallauer juntou pessoas incríveis para conversar sobre a força, os desafios e os caminhos da criatividade brasileira. Bora lá? Convidados: Renata Bokel CEO da WMcCann, entrou na lista das 500 mulheres mais influentes da América Latina em 2024. Michel Alcoforado Doutor em antropologia social, palestrante, host do podcast É tudo culpa da cultura. MM Izidoro Produtor, roteirista e diretor de filmes. Escreve sobre a cultura brasileira em sua coluna no UOL.
    続きを読む 一部表示
    1 時間
  • Gente Conversa #57 | Inovar para quem? Ética e inclusão na era da IA
    2025/08/09
    O futuro está sempre chegando — e, às vezes, ele chega sem bater na porta. De repente, ele já está no seu bolso, no seu histórico de pesquisa, nas câmeras da rua, no caixa do supermercado, no app que recomenda, decide, automatiza. O futuro está aqui. E a pergunta é: ele está do nosso lado? Toda vez que uma nova tecnologia avança, ela carrega consigo uma promessa de progresso — e um pacote de dilemas. A inteligência artificial, a automação e a biotecnologia estão abrindo caminhos que pareciam ficção científica até outro dia. Mas junto com esses caminhos, vêm perguntas urgentes: Quem está sendo incluído nesse futuro? Quem está sendo deixado para trás? Como garantir que a inovação não vá aprofundar desigualdades? Num mundo em que decisões automatizadas definem vagas de emprego, sentenças judiciais, tratamentos médicos e até políticas públicas, deixar a ética para depois não é mais uma opção. A ética precisa estar no começo do código, na estratégia do negócio, no design do produto e na cabeça de quem lidera. Neste episódio, a gente se debruça sobre o tema que vai guiar o Rio Innovation Week em 2025: “Um olhar através da ética. Como a inteligência artificial, a automação e a biotecnologia podem ser aliadas da inclusão?” Vamos falar sobre o papel dos líderes do agora na construção de um amanhã mais consciente, diverso e responsável. Sobre o que está em jogo quando a gente fala de inovação. E sobre como é possível, sim, usar a tecnologia como ferramenta de cuidado, inclusão e transformação. Juliana Wallauer conversa sobre ética e tecnologia com Ben Hur Correia, repórter do Grupo Globo e pesquisador de IA, Nina Da Hora, cientista de computação e pesquisadora brasileira, e Fábio Queiroz, CEO da Rio Innovation Week
    続きを読む 一部表示
    45 分
  • Gente Conversa #56 | Solidão conectada: por que nos sentimos sozinhos mesmo juntos?
    2025/07/10
    A solidão deixou de ser um sentimento privado para se tornar um problema público. Nos últimos anos, esse fenômeno passou a ser reconhecido por autoridades de saúde ao redor do mundo, incluindo a Organização Mundial da Saúde, que hoje trata a solidão como prioridade. A falta de vínculos sociais têm impactos profundos: aumenta o risco de doenças cardiovasculares, depressão e ansiedade, diminui a expectativa de vida e reduz a sensação de propósito — tanto em indivíduos quanto em comunidades. Mas o que está por trás desse cenário? Vivemos em tempos de hiperconexão, mas também de hiperindividualismo. As interações aumentaram, mas os vínculos nem sempre acompanham esse ritmo. Estamos cercados de contatos, notificações e convites para pertencer — mas, muitas vezes, seguimos nos sentindo sozinhos. No South by Southwest deste ano, a pesquisadora Kasley Killam chamou atenção para um conceito que deve ganhar espaço nos próximos anos: social health, ou saúde social. Segundo ela, a saúde social é a nossa capacidade de construir e manter relações significativas. É um aspecto fundamental do bem-estar, tão importante quanto saúde física ou mental. E isso vale também para empresas, produtos e campanhas: não dá mais pra pensar em cultura de marca ou de consumo sem falar em vínculos reais. Juliana Wallauer conversa sobre o que está por trás da solidão que sentimos — e sobre o que podemos fazer, juntos, para reconstruir espaços de escuta, cuidado e convivência real. Para isso, juntou um time de peso: Ana Suy, psicanalista, escritora e doutora, Carol Romano, consultora com foco em "innovation growth & wellbeing culture" e Thelma Assis, médica, apresentadora do Bem Estar, da Globo, e influenciadora digital. Vem para esse papo com a gente!
    続きを読む 一部表示
    1 時間 8 分
  • Gente Conversa #55 | Brain rot e o trabalho
    2025/07/01
    O fenômeno do brain rot tem ganhado destaque nas discussões sobre saúde mental e produtividade. O termo — que pode ser traduzido como 'apodrecimento cerebral' — descreve a deterioração do estado mental causada pelo consumo excessivo de conteúdos digitais de baixa qualidade e foi eleito como a palavra do ano pelo Dicionário Oxford em 2024. Em um mundo cada vez mais hiper conectado, somos bombardeados o tempo todo por informações superficiais, notificações incessantes e estímulos digitais que, embora pareçam inofensivos, vão, aos poucos, comprometendo a nossa capacidade de concentração, criatividade e bem-estar geral. No ambiente de trabalho, isso se traduz em desafios muito concretos: dificuldade de foco, queda na produtividade, aumento do estresse e, muitas vezes, também problemas físicos, como insônia, dores musculares e ansiedade. Não é por menos que a cultura da 'hiper-disponibilidade' — aquela ideia de estar sempre online e pronto para responder — e o hábito da multitarefa, que até pouco tempo atrás eram vistos como grandes virtudes profissionais, hoje já são questionados pelos danos que podem causar à nossa saúde mental. Neste episódio, a gente vai mergulhar nesse tema para entender como o brain rot impacta o desempenho no trabalho e o que empresas e profissionais podem fazer para mitigar esses efeitos no dia a dia. Ju Wallauer reuniu um time incrível para a gente conversar sobre um assunto que, literalmente, está mexendo com a nossa cabeça. Pedro Shiozawa, médico especialista em saúde e trabalho, cientista-chefe na Great People Mental Health, consultoria especializada em Saúde Mental no ambiente corporativo que se apoia em ciência e Inteligência Artificial para ajudar empresas a promover uma cultura de bem-estar. Martha Gabriel, escritora e palestrante sobre transformação digital e inteligência artificial no ambiente de trabalho. Daniela Diniz, diretora de conteúdo do Great Place to Work Brasil. Vamos nessa?
    続きを読む 一部表示
    51 分