『Desculpa o Transtorno』のカバーアート

Desculpa o Transtorno

Desculpa o Transtorno

著者: Tati Bernardi e Christian Dunker
無料で聴く

このコンテンツについて

O programa "Desculpa o Transtorno" é um podcast com Chris Dunker e Tati Bernardi. Nele, os dois leem e-mails com pequenas e divertidas neuroses e fazem comentários. Mande seu e-mail para dotranstorno@gmail.comTati Bernardi e Christian Dunker 人間関係 社会科学
エピソード
  • Falo demais e me arrependo: O drama do sincericídio | Desculpa o Transtorno #04 com Christian Dunker
    2025/07/21

    Desculpa o Transtorno é um exercício em que a escritora Tati Bernardi e o psicanalista Christian Dunker encenam uma situação de supervisão lendo relatos anônimos.

    Sigam nossas redes sociais
    Tati Bernardi @tatibernardi
    Christian Dunker @chrisdunker

    Contato e parcerias
    canaldatatibernardi@gmail.com

    Carta:

    Olá, Tati e Dunker.

    Tenho 40 anos e sou casado, sem filhos. Me considero um homem sensível e inteligente. Tenho uma excelente relação com minha esposa. Fiz análise durante 1 ano, mas por problemas financeiros, tive que interromper o tratamento. Sinto que após a análise passei a falar muito abertamente sobre meus problemas, o que não seria problema algum, no entanto, percebo que não respeito muito o contexto, sempre superestimando a intimidade que tenho com as pessoas.

    Sempre fui uma pessoa muito passional, emotiva e impulsiva, mas sinto que no último ano passei a me afeiçoar muito rapidamente pelas pessoas, basicamente por qualquer um que me dê um pouco de atenção. De assuntos antes recalcados, agora falo sobre eles com uma facilidade que não respeita os ambientes.

    Por exemplo, sou capaz de falar sobre abusos sofridos na infância, compulsão sexual, agressividade, pensamentos dos mais vergonhosos, alguns explícitos, na fila do pão, para o caixa do supermercado, na fila do cinema, sempre que tenho a oportunidade. Sinto, no fundo, que estou clamando por atenção. Uma necessidade muito grande de compaixão, de mostrar minha inteligência, meu suposto bom humor, meu valor. Ao final das minhas conversas sempre sinto que deixei as pessoas boquiabertas com o excesso de informação, graças ao meu sincericídio.

    Sim, estão certos se pensam tratar-se de uma projeção da falta de carinho e atenção dos pais na infância. Meus pais perderam meu irmão para o câncer com 8 anos quando eu tinha apenas 4 anos, e sinto que durante o luto deles, fiquei um pouco escanteado.

    Essa questão de falar sobre assuntos bem pessoais para qualquer pessoa, principalmente os mais próximos, é recente. Antes era uma pessoa agressiva e impulsiva, simplesmente. Após a análise minha agressividade abaixou, até demais, parece ter se deslocado para a carência. Sempre fico com a sensação de que falei demais. Falo também dos outros, meio que metido a analista, às vezes.

    Por favor, me ajudem a pensar melhor sobre isso, não quero ser aquela pessoa super sincera, que não respeita o ambiente, o contexto, o momento e a própria intimidade com as pessoas. Como fui muito sincero com minha analista e sou com minha esposa, falo sobre tudo, acho que todos estão dispostos a me ouvir, me dar atenção e ter pena de mim. Ajude esse recém-sincerão dependente da opinião e empatia das pessoas.

    Assinado, o “sincerão dependente”

    Participe do Desculpa o Transtorno
    Envie sua carta anônima para: dotranstorno@gmail.com

    Produção
    Zamunda Studio

    続きを読む 一部表示
    27 分
  • Eu, minha mãe e minha dor de barriga | Desculpa o Transtorno #03 com Chris Dunker
    2025/07/14

    Desculpa o Transtorno é um exercício em que a escritora Tati Bernardi e o psicanalista Christian Dunker encenam uma situação de supervisão lendo relatos anônimos.

    Sigam nossas redes sociais
    Tatiane Bernardi @tatibernardi
    Christian Dunker @chrisdunker

    Contato e parcerias
    canaldatatibernardi@gmail.com

    Carta

    "Me chamo Suzanne, eu sei, mesmo o nome da doida que matou os pais, mas eu sou legal. Mas é justamente sobre meus pais que eu quero falar. Sobre minha mãe, na verdade. Tem uma conexão doida com a minha mãe. Porque é uma conexão feita pelo estômago e não tem nada a ver com receitas de família, comidas gostosas. Tem a ver com enjoos, dores e mal-estares em geral. Tudo no 'estômado'. Quando eu era criança sentia dor de barriga, enjoo, e ia pra cama da minha mãe. Ela cuidava de mim. Às vezes, uma madrugada inteira, coitada. Porque eu vivia com enjoo e dor de barriga. O mais doido é que minha mãe também vivia com enjoo e dor de barriga. E como morávamos somente eu e ela, ela me acordava muitas vezes, queria minha ajuda. E eu era criança. Uma vez ela passou tão mal, tava com cólica, acho. Ela foi vomitar e desmaiou em cima de mim. Daí, sabe o que eu fiz? Comecei a ver que eu ia desmaiar também. E tive que pedir ajuda pra ela. Mas era ela que tava desmaiada, entende? Depois, adolescente, eu às vezes estava numa festa e passava mal. Caía a minha pressão por causa do calor, me dava enjoo, ou a bebida me fazia mal. Alguma amiga dizia calma, eu te ajudo. Mas eu pegava um táxi correndo, uma carona, eu queria minha mãe. Adulta, ainda chamei minha mãe algumas vezes quando eu passava mal e caía a minha pressão. Uma vez mandei meu marido dormir em outro quarto e pedi que minha mãe viesse cuidar de mim. Porque eu estava péssima com alguma coisa que comi. Até que um dia eu comecei a preferir meu marido a ela. Foi diferente. Achei que eu tinha finalmente crescido, e que agora ela podia até morrer, que eu não morreria junto. Na minha gravidez isso mudou de novo, eu aprendi a passar mal sozinha, não queria nem ela e nem meu marido. Eu vomitei demais na gravidez e sempre sozinha, eu levava travesseiro, cobertor, tudo pro banheiro e cuidava de mim. Afinal eu seria mãe, então minha filha nasceu. E agora eu passo mal quando minha mãe chega. Muitas vezes ela vem aqui e me dá enjoo, mal estar… Porque dispara algo estranho em mim, e não é falta de amor por ela, eu a quero perto. Mas muitas vezes eu tenho esses enjoos perto dela, e perto da minha filha eu tô quase sempre me sentindo muito bem."

    Participe do Desculpa o Transtorno
    Envie sua carta anônima para:
    dotranstorno@gmail.com

    Produção
    Zamunda Studio

    続きを読む 一部表示
    28 分
  • “Gosto de sexo, mas prefiro andar de bicicleta" | Desculpa o Transtorno #02
    2025/06/27

    Desculpa o Transtorno é um exercício em que a escritora Tati Bernardi e o psicanalista Christian Dunker encenam uma situação de supervisão lendo relatos anônimos.

    Sigam nossas redes sociais
    Tatiane Bernardi @tatibernardi
    Chris Dunker @chrisdunker

    Contato e parcerias
    canaldatatibernardi@gmail.com

    “Eu gosto de tudo o que acontece entre mim e uma mulher. Mas não fico desesperado para transar com ela. Vejo que meus amigos ficam ‘assim’, sobretudo os mais velhos que eu. Não sou gay e até fiquei com um amigo, que não tô nem aí de provar coisas, mas beijei e não senti nada. Não quis transar e foi um beijo só. Eu gosto de mulher, eu sei disso, mas eu gosto de conversar, de chamar pra sair, de jantar, de ser uma noite maravilhosa, de ficar próximo, de fazer piada, de um contar com o outro. Daí obviamente todas acham que eu só quero amizade. Mas não é isso, eu realmente me apaixono, penso nela quando escuto música, quando ando de bicicleta, sonho com ela, quero ver, quero conhecer, sinto tesão. Daí, se isso dura uns seis meses pelo menos, uma hora eu acabo querendo transar. Eu gosto de sexo, mas eu não sou desesperado pelo sexo, entende? Mas quando rola, quando realmente eu quero, eu gosto. E posso fazer tudo com intensidade, fico até meio tarado. Antes que vocês venham com nomes, não me sinto nada disso da modinha: não sou assexual, não sou arromântico, não sou demissexual. Eu sou um cara que se apaixona, que curte mulher, mas não acho que sexo precisa ser feito com essa urgência toda. Eu demoro uns três meses pra beijar, eu não tenho essa urgência. Minha amiga diz que tá tudo errado comigo e todas as mulheres que conheço se irritam demais com isso. Olha, muitas vezes eu vou andar de bicicleta e sinto que meu corpo e a bicicleta viram uma coisa só. Minha cabeça para e eu fico tão bem: não sinto ansiedade e não sinto tristeza. E isso é muito forte. E isso sim me dá urgência e isso me distrai de ser um cara desesperado por sexo e mulheres.”

    Participe do Desculpa o Transtorno
    Envie sua carta anônima para: dotranstorno@gmail.com

    Produção
    Zamunda Studio

    続きを読む 一部表示
    29 分

Desculpa o Transtornoに寄せられたリスナーの声

カスタマーレビュー:以下のタブを選択することで、他のサイトのレビューをご覧になれます。