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Europa x China: quem vai vencer a corrida pelo mercado de veículos elétricos?

Europa x China: quem vai vencer a corrida pelo mercado de veículos elétricos?

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A disputa entre as duas superpotências pelo domínio do setor automotivo parece ter chegado à reta final e com um cenário preocupante para os europeus. Enquanto a produção no bloco freia, o rolo compressor chinês acelera. A RFI conversou com Sigrid de Vries, diretora-geral da ACEA, a Associação dos Fabricantes Europeus de Automóveis, para entender as estratégias e necessidades da União Europeia nessa corrida. Artur Capuani, correspondente da RFI em Bruxelas “Não podemos deixar que a China e outros conquistem esse mercado”. A frase da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em seu discurso anual ao Parlamento Europeu é um misto de temor e determinação que sublinha bem o momento decisivo da indústria automobilística na Europa. Entre a pressão por descarbonizar o transporte, o aumento dos custos de energia e a concorrência cada vez mais feroz da China, o setor tenta redefinir suas bases para permanecer competitivo e seguir como um dos pilares da economia do bloco, empregando quase 14 milhões de trabalhadores direta e indiretamente (mais de 6% dos empregos totais da UE). Mas, pelo menos por enquanto, o setor automotivo serve como um exemplo fundamental da falta de planejamento dos europeus. A necessidade de um plano mais robusto para enfrentar a crise do setor levou Von der Leyen a se reunir por três vezes neste ano com representantes da indústria para discutir medidas de apoio. O chamado Plano de Ação, lançado em março pela Comissão e que prevê a injeção de €1,8 bilhão para a produção de baterias de carros, ainda não surtiu efeito e segue com dificuldades de tração. Os números mais recentes da indústria automotiva europeia escancaram esse cenário. A produção de automóveis na UE caiu 2,8% no primeiro semestre de 2025, enquanto na China houve um salto de 12,3%. A discrepância também é observada nos números totais. A superpotência asiática é disparada a maior fabricante de veículos do mundo, produzindo mais de 2 milhões de automóveis por mês em 2025, enquanto a Europa, em segundo lugar, não chega a 1 milhão. As montadoras europeias demonstram crescente preocupação com a crise que afeta o setor. “Precisamos que a União Europeia nos ajude a reduzir a base de custos, porque enfrentamos uma situação de desvantagem em relação aos fabricantes chineses”, afirma Sigrid de Vries, diretora-geral da ACEA (Associação dos Fabricantes Europeus de Automóveis), em entrevista exclusiva à RFI. “Temos uma eletricidade mais cara e infraestrutura de recarga insuficiente, o que torna o mercado muito lento para gerar escala.” O enfraquecimento das fabricantes de carros impacta principalmente no mercado de trabalho. Em diversos países europeus, como Alemanha e Suécia, a indústria automotiva emprega uma parcela significativa dos trabalhadores, chegando a mais de 10% em alguns casos. No último ano, os alemães registraram uma baixa de mais de 50 mil empregos nesse segmento, o que reverberou em toda a economia europeia. O pedido urgente das fabricantes ganha coro também no relatório de competitividade elaborado pelo ex-presidente do Banco Central Europeu e ex-primeiro ministro italiano Mario Draghi. O documento de 400 páginas foi encomendado pela Comissão e é tido como uma bússola do projeto econômico da UE. Na avaliação do italiano, a Europa enfrenta um dilema. A crescente dependência da China pode oferecer o caminho mais barato e eficiente para atingir as metas de descarbonização. Mas essa concorrência também representa uma ameaça às indústrias europeias de tecnologia limpa e automotiva. Segundo o relatório, a curto prazo, o principal objetivo do setor deve ser evitar o êxodo da produção para outros países e combater a aquisição de fábricas e empresas europeias por estrangeiros. Sobre a competição com o mercado asiático, De Vries reconhece a qualidade dos carros chineses e defende uma abordagem pragmática para conciliar sustentabilidade e competitividade. “Não é uma questão de abandonar as metas de descarbonização, mas de fazê-las funcionar em conjunto com uma indústria forte. Precisamos de mais flexibilidade e realismo”, explica. Nos planos da Comissão Europeia para virar essa mesa, está o lançamento de um projeto de incentivo à produção de veículos elétricos pequenos e baratos. “Milhões de europeus querem comprar carros europeus acessíveis. Por isso, também devemos investir em veículos pequenos e com preços acessíveis, tanto para o mercado europeu quanto para atender ao aumento da demanda global. Acredito que a Europa deve ter o seu próprio carro elétrico”, explicou Ursula von der Leyen. Tarifas ou subsídios? Antes mesmo de Trump propagar a guerra tarifária pelo mundo, o mercado automobilístico já levava China e Europa para essas trincheiras, em um duelo de porcentagens. Em 2024, a UE implementou 35,3% de tarifas de importação sobre veículos elétricos chineses, com ...
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